PELA BUSCA DO “BICHO-FERA” EM “O BÚFALO”, DE CLARICE LISPECTOR, E AS CONTRIBUIÇÕES CRÍTICAS DE EVANDO NASCIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v29i54.32030Palavras-chave:
Clarice Lispector, “O Búfalol”, Selvagem, Evando Nascimento, Pensamento.Resumo
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a vocação ou chamado ao selvagem no conto “O Búfalo”, do livro Laços de Família (2009), de Clarice Lispector (1920-1977). Para isto, recorreremos aos estudos críticos de Evando Nascimento (1999, 2004, 2012, e 2013), nos quais evidenciaremos a sua abordagem, cujas interseções se colocam no convite ao pensamento pelo estranhamento e pela pulsão animal. Desse modo, revisitaremos os argumentos de Nascimento, principalmente em seu livro Clarice Lispector: uma literatura pensante (2012), destacando-os como contribuição interpretativa fundamental para inserirmos a ficção clariceana em novas e atuais leituras. Assim, problematizaremos o apelo animal como questão que se desenvolve na recusa ao domesticado em oposição à vontade do encontro com o “bicho-fera”, representado pelo “búfalo”, em um processo de devir, na maneira como pensaram Gilles Deleuze e Félix Guattari (1980). Ao lado desses últimos, destacaremos também as reflexões de Jacques Derrida (2002), intelectual importante para dialogarmos com uma literatura que ao inserir o selvagem, particulariza a sua capacidade pensante.
Palavras-chave: Clarice Lispector, “O Búfalo”, Selvagem, Evando Nascimento, Pensamento.
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