Guia-interpretação para pessoas com surdocegueira: análise de uma disciplina obrigatória na formação superior de tradutores e intérpretes de língua de sinais
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v12.n1.2023.43652Palabras clave:
Guia-interpretação. Surdocegueira. Formação de tradutores e intérpretes. Formação de guia-intérpretes. Estudos da Interpretação.Resumen
Neste artigo, objetiva-se discutir a composição de uma disciplina obrigatória sobre guia-interpretação para pessoas com surdocegueira, na formação superior de tradutores e intérpretes de língua de sinais, e suas implicações na trajetória de egressos dessa formação. Para tanto, com base em autores que tematizam a guia-interpretação, bem como em autores do campo da formação de tradutores e intérpretes, desenvolve-se um estudo de caso a partir de dois movimentos metodológicos: a análise do programa de uma disciplina sobre guia-interpretação do Curso de Letras-Libras – Bacharelado em Tradução e Interpretação, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e das respostas de nove egressos desse curso a um questionário eletrônico padronizado. Observa-se que se trata de uma disciplina introdutória à guia-interpretação, direcionada a implicações interpretativas dessa prática, com ênfase em questões comunicativas de pessoas com surdocegueira. Além disso, os egressos evidenciam a relevância da disciplina em seus percursos formativos, principalmente no que diz respeito ao incentivo na busca por certificação para atuação como guia-intérprete. Por fim, argumenta-se ser fundamental a ampliação de investigações direcionadas à guia-interpretação no campo dos Estudos da Interpretação, bem como a promoção de possibilidades formativas em guia-interpretação.
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