Um drácula brasileiro: análise da transposição do gótico na tradução de Lúcio Cardoso
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.53023Palavras-chave:
Tradução. Gótico. Transposição do Gótico. Drácula. Lúcio Cardoso.Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a tradução Drácula: O Homem da Noite, de Lúcio Cardoso, feita em 1943, em comparação com o texto-fonte publicado por Bram Stoker em 1897. A tradução de Cardoso tem significativa relevância para o campo de Estudos da Tradução, uma vez que foi a primeira a aparecer em língua portuguesa do Brasil e uma das primeiras a tentar realizar a difícil tarefa de transportar os elementos góticos na tradução. O embasamento teórico consiste em teorias do gótico como modo literário, sendo nosso estudo fundamentado por Botting (1996), França (2017), Groom (2012), Hogle (2002) e Spooner (2007). A estratégia para a execução deste trabalho gira em torno da análise comparativa entre o texto-fonte e a tradução de Cardoso, observando como o tradutor trabalha com elementos característicos da ficção gótica e quais supressões de trechos originais são encontradas (ou não) em sua tradução. Os resultados obtidos apontam que a tradução de Cardoso é significativamente diferente do texto-fonte, a ponto de não ser possível encontrar, em determinados momentos, correspondências entre os textos em aspectos que caracterizam a obra de Stoker como gótica, segundo colocações de Hogle (2002).
Downloads
Referências
Aran, P. (2022). Gótico - gênero literário. In J. França, C. Reis, D. Roas, F. Furtado, & F. García (Eds.), Dicionário Digital do Insólito Ficcional (e-DDIF). 2. ed. Dialogarts. Disponível em: https://www.insolitoficcional.uerj.br/gotico-genero-literario/. Acesso em: 3 de março de 2023.
Barros, F. M. de. (2008). O Gótico e a Brasilidade em Lúcio Cardoso. Revista do Centro de Estudos Portugueses, 28(39), 113-131.
Bellas, J. P. (2020). Gótico Brasileiro: uma proposta de definição. Organon, 35(69), 1-15.
Botting, F. (1996). Gothic. Routledge.
Cardoso, L. (1943). Sou um Homem ou um Monstro? Revista Leitura, 4(1), 23 e 35. Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/DocReader/docreader.aspx?bib=115509&pasta=ano%20194&pesq=&pagfis=2053 Acesso em: 07 ago. 2024.
Cohen, J. J. (ed.). (1996). Monster Theory. Reading Culture. University of Minnesota Press.
Dowling, L. (1979, 1 mar.). The Decadent and the New Woman in the 1890's. Nineteenth-Century Fiction, [S.L.], 33(4), 434-453. University of California Press. http://dx.doi.org/10.2307/2933251. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2933251?seq=1 Acesso em: 05 mar. 2023.
França, J. (2017). O sequestro do Gótico no Brasil. In L. Colucci, & J. França, As nuances do Gótico: do Setecentos à atualidade. Bonecker.
Groom, N. (2012). The Gothic: A Very Short Introduction. Oxford University Press.
Hogle, J. E. (2002). Introduction: The Gothic in Western Culture. In J. E. Hogle (Ed.), The Cambridge Companion to Gothic Fiction (pp. 1-20). Cambridge University Press.
Miles, R. (2002). The 1790s: the effulgence of Gothic. In J. E. Hogle (Ed.), The Cambridge Companion to Gothic Fiction (pp. 41-62). Cambridge University Press.
Resende, A. (2021). O Drácula de Lúcio Cardoso. Scripta Uniandrade, 19(3), 331-347.
Sá, D. S. de. (2010). Gótico Tropical: O Sublime e o Demoníaco em O Guarani [Dissertação de mestrado, EDUFBA].
Spooner, C. (2007). The Gothic in the Twentieth Century. In C. Spooner, & E. McEvoy (Eds.), The Routledge Companion to Gothic. Routledge.
Stoker, B. (2003). Dracula (2. ed.). Penguin Books.
Stoker, B. (2013). Drácula: O Homem da Noite. (L. Cardoso, trad.). Civilização Brasileira.
Stoker, B. (2018). Drácula. (M. Heloisa, trad.). Darkside.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 CC BY
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dado ao acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. As contribuições publicadas são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
Os autores, ao submeterem trabalhos para serem avaliados pela revista Belas Infiéis, mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).