Tradução centrada no usuário e formação em tradução audiovisual acessível: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.52287Palavras-chave:
Acessibilidade Midiática. Tradução Audiovisual Acessível. Formação de Tradutores. Tradução Centrada no Usuário. Audiodescrição.Resumo
Ao longo dos anos, o estudo da recepção vem ganhando cada vez mais destaque no campo da Tradução Audiovisual (TAV), especialmente no que tange às modalidades mais diretamente associadas à acessibilidade midiática. Contudo, essa preocupação com a audiência nem sempre tem sido contemplada pelos modelos adotados para a formação dos futuros tradutores. Neste texto, apresentamos a Tradução Centrada no Usuário (TCU), desenhada por Tytti Suojanen, Kaisa Koskinen e Tiina Tuominen, como uma proposta para a solução desse problema. Para tanto, explicamos o modelo proposto por suas autoras e, em seguida, ilustramos sua aplicação através da análise e discussão de uma experiência formativa realizada com alunas de graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia. Ao final da experiência, as alunas relataram ganhos envolvendo tanto a roteirização, quanto a revisão e a edição, além de destacarem o trabalho com habilidades de relacionamento interpessoal e o contato com representantes do público-alvo. Esses resultados nos levam a acreditar que a TCU permite uma prática crítica, reflexiva e colaborativa, que garante maiores chances de sucesso no atendimento das necessidades e preferências dos usuários finais. Desse modo, esperamos contribuir para a popularização da TCU e para a conscientização da importância da adoção de práticas centradas no usuário na formação de tradutores, instigando o debate acerca de novos modelos de formação em Tradução Audiovisual Acessível (TAVA).
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