Traduzir o canto de Christine de Pizan no confinamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n3.2021.33801

Palavras-chave:

Christine de Pizan. Mulher escritora. Lírica medieval. Tradução de poesia. Confinamento.

Resumo

Christine de Pizan deixou uma obra bastante variada no que se refere a temas e gêneros literários, sendo seus primeiros escritos poemas em versos, baladas, virelais, rondeaux, jeux à vendre e algumas cantilenas. Neste estudo, apresentaremos duas de suas composições líricas em tradução para o português, a Ballade XI e o Virelai I, em que Christine de Pizan lamenta sua nova realidade: a solidão da viuvez e a contradição da atividade poética ao encobrir e revelar seus sentimentos. O intuito deste trabalho é mostrar que a tradução desses poemas medievais pode ilustrar princípios da tradução de poesia que vão além do significado e da forma do texto. Para isso, recorremos a algumas considerações de autores como Antoine Berman e Mário Laranjeira, para quem a tradução pode abrigar o outro, pode revelar a identidade de um texto e dizer algo sobre sua história. Dessa forma, destacamos a distância na linha do tempo que separa a composição dos textos de partida e o exercício tradutório propondo nosso trabalho como testemunha do outro, visando a oferecer ao original uma continuidade no corrente século, dando-lhe o albergue que o longínquo pode receber em terras distantes.

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Biografia do Autor

Carmem Lucia Druciak, Universidade Federal da Bahia

Professora na Universidade Federal da Bahia. Dotuora em História (2018) pela Universidade Federal do Paraná. Mestre em Letras (2004) pela mesma instituição. Bacharel em Teologia (2007) pela Escola de Treinamento Ministerial. Licenciada em Letras Português-Francês (2001) pela Universidade Federal do Paraná. Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras. Salvador, Bahia, Brasil. 

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Publicado

01-07-2021

Como Citar

DRUCIAK, Carmem Lucia. Traduzir o canto de Christine de Pizan no confinamento . Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 10, n. 3, p. 01–24, 2021. DOI: 10.26512/belasinfieis.v10.n3.2021.33801. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/33801. Acesso em: 25 dez. 2024.

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