Viajando pelas emoções: encenando o erótico
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v9.n5.2020.29635Palavras-chave:
Corporificação. Encontro. Conexão. Resposta Emocional. Sensualidade. Performance.Resumo
Este artigo discute a tradução para a performance como um esforço humanista impulsionado pelo desejo de conexão com a alteridade. A partir das ideias de Gabriel Marcel, Georges Bataille e Slavoj Žižek, entre outros, ele descreve a tradução teatral nos termos de uma nostalgia pelo humano ausente, como uma prática preocupada em recuperar a conexão perdida, uma continuação do ser que vai além dos limites e restrições do racional. Nesse sentido, argumenta que há algo comum à promessa mantida pela tradução e pela experiência erótica. Em última análise, talvez o que acenda essa promessa seja o contraste com a posse de si mesmo, o antídoto para nosso modo descontínuo de existência como indivíduos definidos e separados.
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