OS ESCRITORES E A TRADUÇÃO NA EDITORA GLOBO ENTRE AS DÉCADAS DE 1930 E 1960
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v6.n2.2017.11457Palavras-chave:
Editora Globo, Escritor-tradutor, Cânone literário, Tradução literáriaResumo
É inegável a importância da editora Globo de Porto Alegre na consolidação de uma literatura estrangeira de qualidade no Brasil. Por seu intermédio, leitores brasileiros puderam conhecer, em impecáveis traduções, obras de Thomas Mann, Somerset Maughan, Virginia Woolf, Marcel Proust, Giovanni Papini, Conrad, Graham Greene, Aldous Huxley, John Steinbeck, autores das mais diversas nacionalidades. Para fazê-lo, os editores Bertaso e Verissimo, responsáveis pela seleção das obras que seriam traduzidas pela Globo, bem como pela escolha do tradutor incumbido para tal função, faziam questão de manter um seleto e experiente grupo de escritores-tradutores, que contou com nomes tais como Mario Quintana, um dos tradutores mais produtivos da Casa, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, José Lins do Rego, além do próprio Erico Verissimo. Tendo em vista tais fatos, pretende-se, com esse trabalho, investigar o quadro de tradutores da Coleção Nobel, única coleção da editora Globo dedicada exclusivamente à literatura traduzida, atentando para a escolha dos tradutores de acordo com o valor literário atribuído à obra a ser traduzida, a fim de refletir acerca da influência do escritor-tradutor na formação do cânone de literatura traduzida no Brasil.
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