A PEÇA A STREETCAR NAMED DESIRE EM TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL:
ÍNDICES MORFOLÓGICOS E DISCURSO DE ACOMPANHAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v5.n3.2016.11397Palavras-chave:
Tradução literária, Tradução teatral, Crítica da Tradução, Tennessee Williams, Um bonde chamado DesejoResumo
Este artigo aborda três traduções do inglês para o português do Brasil da peça teatral A streetcar named Desire (1947), do dramaturgo estadunidense Tennessee Williams (1911-1983). A primeira tradução, de autoria de Brutus Pedreira, foi publicada em 1976 pela editora Abril Cultural, de São Paulo. A segunda, publicada em 2004 pela editora Peixoto Neto, de São Paulo, traduzida por Vadim Nikitin, e a terceira, publicada em 2008 pela editora L&PM, de Porto Alegre, foi traduzida por Beatriz Viégas-Faria. As três traduções têm o mesmo título, Um bonde chamado Desejo. Serão observados nas traduções mais recentes (2004 e 2008) especificamente os índices morfológicos e o discurso de acompanhamento, como delimitados por Marie-Hélène Torres (2011). Em um segundo momento, os textos das traduções serão observados com base no método esboçado por Antoine Berman (1995) para uma crítica produtiva de traduções. A tradução de Brutus Pedreira (1976) é mencionada nessa segunda análise em que se aborda as traduções de uma das falas mais importantes de Streetcar, proferida pela personagem Blanche Dubois na cena final da peça. Por fim, busca-se demonstrar, a partir da primeira análise, o papel dos tradutores como importantes agentes no processo de transferência literária do texto de partida e, a partir da segunda análise, busca-se ressaltar um aspecto do texto de Williams que talvez não ficasse aparente caso sua tradução não estivesse sendo problematizada, já que a Crítica da Tradução revela algo que nem a simples leitura, nem a crítica convencional podem revelar, e seu valor está nesse fato.
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