O INTÉRPRETE DE LIBRAS EDUCACIONAL:
O PROCESSO DIALÓGICO E AS ESTRATÉGIAS DE MEDIAÇÃO NO CONTEXTO DA PÓS-GRADUAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v5.n1.2016.11375Palavras-chave:
Intérprete educacional, Tradução/interpretação, Língua brasileira de sinais, Educação de surdosResumo
Na educação formal, o estudante surdo é atendido em suas especificidades linguísticas por meio do serviço do Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (TILS). Assim, sob os pressupostos da perspectiva enunciativo-discursiva, o objetivo deste estudo foi identificar estratégias adotadas na interpretação do português para a Libras no contexto da pós-graduação. A metodologia da pesquisa etnográfica participante é uma modalidade que possibilita formas de interação entre o pesquisador e os sujeitos que abrem fontes de informação que nenhuma outra técnica permite. Portanto, os participantes deste estudo foram dois intérpretes de Libras, um aluno surdo adulto, professores do referido curso e demais alunos ouvintes da sala de aula. A coleta de dados foi realizada por meio de vídeo gravação das interpretações das aulas, em sala de aula da universidade. A atividade do Intérprete Educacional - IE, em especial no ensino superior e na pós-graduação, constitui uma difícil tarefa, a começar pelos conhecimentos técnicos, conceituais, sócio-acadêmicos, de mundo e relacionados à temática do curso a que se destina a interpretação. Nesse ponto chegamos à conclusão de que a compreensão ativo-dialógica e a interação, tramam o saber do IE e o saber do aluno, sujeitos ativos na cadeia produtiva dos sentidos.
Downloads
Referências
ALBRES, Neiva de Aquino; SANTIAGO, Vânia de Aquino Albres. Atuação do intérprete educacional: reflexão e discussão sobre as duas modalidades de interpretação -simultânea e consecutiva. Espaço(Rio de Janeiro. 1990), v. 38, p. 50-57, 2012.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Tradução de Aurora F. Bernardini et al. São Paulo: UNESP e HUCITEC, 1988.
BAKHTIN, Mikhail (VOLOCHÃNOV). Marxismo e Filosofia da Linguagem. (1ª edição 1990). Tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Editora HUCITEC, 13ª Edição, 2009.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. (1ª edição 1992) São Paulo: Martins Fontes, 5ª Edição, 2010.
________. Metodologia das Ciências Humanas(1ª edição 1974) IN: Estética da Criação Verbal.pp. 393-410. São Paulo: Martins Fontes, 5ª Edição, 2010b.
BRASIL. DECRETO Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
_______.LEI N° 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais -LIBRAS.
DAVIS, Jeffrey. E. Translation Techniques in Interpreter Education. InROY, C. Innovative practices for teaching sign language interpreters,Washington DC: Gallaudet University Press 2002.
EZPELETA, Justa; ROCKWELL, Elsie. Pesquisa Participante. São Paulo: Cortez ”“autores associados, 2ª edição, 1989.
FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2008.
FREITAS, Maria Teresa de. A perspectiva sócio-histórica: uma visão humana da construção do conhecimentoIn: FREITAS, Maria Teresa de; SOUZA, Solange Jobim e; KRAMER, Sônia. Ciências humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
GEGe ”“Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso. Palavras e contrapalavras: glossariando conceitos, categorias e noções de Bakhtin: caderno de estudos 1 para iniciantes. São Carlos: Pedro eJoão editores, 2009.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais: Formação e atuação nos espaços educacionais Inclusivos. Revista Cadernos de Educação. Dez. 2010, vol 36, p.133-153. Pelotas: Editora da UFPel. ISSN 0104-1371.
LEITE, Emeli Marques Costa. Os papéis do intérprete de libras na sala de aula inclusiva. Petrópolis: Arara azul, 2005.
McCLEARY, L. E.; VIOTTI, E.; LEITE, T. A. Descrição das línguas sinalizadas. A questão da transcrição dos dados. Revista Alfa. Vol. 54, n 1, p. 265-289, 2010.
MENDES, Regina Maria Russiano. Afinal: intérprete de língua de sinais, intérprete educacional, professor intérprete ou auxiliar? o trabalho de intérpretes na lógica inclusiva.In: ALBRES, Neiva de Aquino e SANTIAGO, Vânia de Aquino Albres (orgs.). Libras em estudo: tradução-interpretação. São Paulo: FENEIS, 2012.
METZGER, Melanie. Sign Language Interpreting: desconstructing the myth of neutrality.Gallaudet University Press. Washington, D. C, 1999.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. -O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 4. ed. São Paulo, 1996.
NASCIMENTO, Marcus Vinícius Batista. Interpretação da língua brasileira de sinais a partir do gênero jornalístico televisivo: elementos verbo-visuais na produção de sentidos.Dissertação de Mestrado -Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem -Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2011.
RODRIGUES, Cássio. A abordagemprocessual no estudo da tradução: uma meta-análise qualitativa. Cadernos de Tradução, n.10. Florianópolis: Editora UFSC, 2002.
ROSA, Andréada Silva. Entrea visibilidadeda traduçãoda línguade sinais e a invisibilidadeda tarefado intérprete. Campinas-SP: Editora Arara Azul, 2008.
SILVA, Heber de Oliveira Costa e. Tradução e dialogismo: um estudo sobre o papel do tradutorna construção do sentido. Coleção Teses Dissertações 66.Recife: Editora Universitária UFPE, 2011.
SOBRAL, Adail Ubirajara. Dizer o mesmo aos outros: ensaios sobre tradução. São Paulo: Special Book Service Livraria, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Dado ao acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. As contribuições publicadas são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
Os autores, ao submeterem trabalhos para serem avaliados pela revista Belas Infiéis, mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).