Fronteiras da tradução em contos de José Monegal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v8.n4.2019.24279

Palavras-chave:

Tradução. Fronteira. Regionalismo. Gauchesca. José Monegal.

Resumo

Através de estudos sobre a teoria da tradução (Octavio Paz, Rosimary Arrojo, Haroldo de Campos, entre outros) e experimentando o ato tradutório, é tomada como objeto de estudo a obra de José Monegal, escritor uruguaio que, na metade do século XX, publicou contos em seções literárias de jornais de Melo e Montevidéu, muitos deles hoje reunidos em diferentes edições. Com personagens ambientadas na paisagem pampiana, Monegal desenvolve uma literatura gauchesca que se opõe à tradição mítica e heroica, uma vez que trabalha com o humor e o grotesco, caracterizando uma figura pícara do gaúcho. Em seus textos, há uma linguagem composta por regionalismos e marcas de oralidades, exigindo, na tradução para a língua portuguesa, recriações que acentuem marcas fronteiriças, uma vez que esse é outro aspecto presente nas suas narrativas. Essas são questões que se abordam no projeto de pesquisa “Fronteiras da tradução literária”, desenvolvido junto com estudantes bolsistas na Universidade Federal do Pampa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos García RIZZON, Universidade Federal do Pampa

Doutor (2011) e Mestre (2005) em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Licenciado em letras (1992) pela mesma instituição. Professor na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus Jaguarão.

Referências

ANTUNES, Benedito. Notas sobre a tradução literária. Revista Alfa, São Paulo, v. 35, p. 1-10, 1991.

ARROJO, Rosemary. As questões teóricas da tradução e a desconstrução do logocentrismo: algumas reflexões. In: ARROJO, Rosemary. (org.). O signo desconstruído: implicações para a tradução, a leitura e o ensino. Campinas: Pontes, 1992. p. 67-79.

AZAMBUJA, Darcy. Contrabandista. In: AZAMBUJA, Darcy. Contos escolhidos. Porto Alegre: Já, 2005.

CAMPOS, Haroldo de. Tradução e reconfiguração do imaginário: o tradutor como transfingidor. In: COUTHARD, Malcolm (org). Tradução: teoria e prática. Florianópolis: UFSC, 1991. p. 17-31.

MARTINS, Cyro. O príncipe da vila. Porto Alegre: Movimento, 1987.

MONEGAL, José. Cuentos escogidos. Montevidéu, Banda Oriental: 1967.

ROCCA, Pablo. La última frontera (El caso José Monegal). Revista Hologramática literaria ”“ Facultad de Ciencias Sociales ”“ UNLZ, ano I, n. 2, p. 6-32, 2006.

ROCCA, Pablo. Acerca de las representaciones de lo rural. Revista Tradiciones rurales. Comisión del Patrimonio Cultural de la Nación. Montevidéu, p. 14-22, 26 e 27 de setembro de 2009. RUAS, Tabajara. Netto perde sua alma. Rio de Janeiro: Record, 2005.

SCHLEE, Aldyr Garcia. Vocabulário de João Simões Lopes Neto. Pelotas: Fructos do Paiz, 2009.

SCHLEE, Aldyr Garcia. Dicionário da cultura pampeana sul-rio-grandense. v. II. Pelotas: Fructos do Paiz, 2019.

PAZ, Octavio. Tradução e metáfora. In: PAZ, Octavio. Os filhos do barro. Traduzido por: Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: CosacNaify, 2013. p. 85-105.

Downloads

Publicado

23-11-2019

Como Citar

GARCÍA RIZZON, Carlos. Fronteiras da tradução em contos de José Monegal. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 8, n. 4, p. 155–168, 2019. DOI: 10.26512/belasinfieis.v8.n4.2019.24279. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/24279. Acesso em: 3 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.