A PAISAGEM INDESCRITÍVEL EM HEART OF DARKNESS E DUAS TRADUÇÕES BRASILEIRAS:
UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DE ESTILÍSTICA TRADUTÓRIA COM BASE EM CORPUS
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v3.n1.2014.11265Palavras-chave:
estilística tradutória, estudos da tradução baseados em corpus, tradução literáriaResumo
Este estudo exploratório e parcialmente guiado pelo corpus investiga traços de estilo no clássico de Joseph Conrad, Heart of Darkness (1902), e duas edições brasileiras, traduzidas por Hamilton Trevisan (1984) e José Roberto O’Shea (2008). A metodologia se apoia na etapa descritiva da “estilística tradutória” de Malmkjaer (2003, 2004) e conta com o auxílio do software WordSmith Tools© 6.0 para o levantamento das linhas de concordância. A investigação se concentra na temática da representação da paisagem como reflexo da perplexidade do observador, conforme apontada em estudos literários e estilísticos sobre o texto original. Em consonância com esses estudos, a análise parte do critério gramatical da negação e, em um segundo momento, observam-se os padrões revelados pelo corpus. Esses padrões apontam para algumas preferências estilísticas dos tradutores e para possíveis mudanças de significado, principalmente no texto de Trevisan, com a intensificação de determinados aspectos da paisagem representada.
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