Formação da Nova Geopolítica das Mudanças Climáticas
DOI :
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n1.2013.9211Mots-clés :
Mudanças climática, Geopolítica, Negociações internacionais, Debate Norte-Sul, CooperaçãoRésumé
Este artigo descreve a evolução das negociações em torno das mudanças climáticas em busca de um acordo global mais inclusivo e eficaz, e de que forma os principais países se posicionam e se agrupam, demonstrando que a configuração geopolítica dessas negociações vem sofrendo mudanças. As divergências Norte-Sul, determinadas em termos de desenvolvimento, conformaram durante longo tempo o rumo das negociações, inclusive a base para a construção do subsistema da ordem ambiental internacional para mudanças climáticas, através do princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. No entanto, o estado atual das negociações climáticas mostra que essa divisão deu lugar a um agrupamento de países definido em termos de espacialização das emissões de gases-estufa. Um maior conhecimento científico em torno das causas e consequências das mudanças climáticas, levantado pelas pesquisas e relatórios publicados pelo IPCC, e uma mudança no panorama mundial definido pelos jogos de poder entre as potências são elementos que servem de base para a observação de uma mudança na geopolítica das mudanças climáticas. A geopolítica que se percebe hoje opõe os grandes emissores globais de GEE aos países com emissões significativas e em crescimento, mas que não conseguem, isoladamente ou em pequenos grupos, exercer poder, em nível global, suficiente para alterar os resultados internacionais.
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