Celebração da Puxada do Mastro de São Sebastião (Ilhéus-BA) no contexto da pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistacenario.v9i3.36852

Palavras-chave:

Covid-19, Cultura, Turismo, Ilhéus, São Sebastião

Resumo

A pandemia provocada pelo novo coronavírus trouxe impactos extensivos a diferentes setores da sociedade. Discute-se aqui os efeitos e os impactos no âmbito sociocultural provocados pela pandemia à celebração da Puxada do Mastro de São Sebastião que ocorre em Ilhéus (BA). Município pertencente à Costa do Cacau, no mapa de regionalização do turismo da Bahia. A cidade caracteriza-se tanto pelos seus atrativos naturais, extensão litorânea, presença da lavoura cacaueira e da Mata Atlântica quanto pelo conjunto do patrimônio cultural, memórias e permanências de diversos grupos étnicos e pela história associada ao escritor Jorge Amado. Em Olivença, bairro com características distritais, tem-se a secular e emblemática celebração da Puxada do Mastro, reunindo toda a comunidade e atraindo visitantes para participar dos festejos dedicados ao santo mártir, São Sebastião. O desafio atual, concentra-se na tentativa de se preservar a identidade e salvaguardar os ritos da tradição e enfrentar a contaminação com o vírus (Sars-Cov-2) na região. Esta pesquisa faz parte de um conjunto de ações de investigação, empenhadas por lideranças e governanças comunitárias, para subsidiar estratégias de planejamento e construção da celebração. Tem-se, como objetivo identificar e analisar as apreensões e as dúvidas que o contexto coloca à comunidade, destacando a percepção dos moradores sobre os impactos da Covid-19 para a formatação da celebração cultural. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter observacional, desenvolvida de maneira remota. Os meios técnicos de investigação utilizados para alcançar o objetivo foram pesquisa netnográfica e aplicação de questionário semiestruturado por meio virtual. Apresenta-se, por fim, nos resultados, os gráficos e dados relativos à percepção de membros da comunidade acerca dos referidos efeitos e as perspectivas simbólicas para realização da celebração no contexto da COVID-19, considerando as condições de realização, os impactos da reformulação, a inserção e aceitação da tecnologia e as reverberações na comunidade e no turismo da região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Estatísticas da aviação brasileira. Recuperado em 13 de janeiro de 2021, de https://www.abear.com.br/imprensa/dados-e-fatos/#domestico.

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia. (2020). Taxa de ocupação de fevereiro é a maior dos últimos oito anos. Recuperado em 03 de junho, 2020, de https://abihbahia.org.br/storage/estatisticas/estatisticas-desempenho-da-hotelaria-de-salvador-em-fevereiro-2020-c6d78b3f1f5fd6318fad444ba45e6b73-2020-03-10.pdf.

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia. (2020). Diária Média da hotelaria em janeiro mantém tendência de crescimento. Recuperado em 03 de junho, 2020, de https://abihbahia.org.br/storage/estatisticas/estatisticas-desempenho-da-hotelaria-de-salvador-em-janeiro-2020-f8736f2d5e224e8ce6a79e88fa4451ea-2020-02-17.pdf.

Coelho, M. F., Mayer, V. F. (2020). Gestão de serviços pós-covid: o que se pode aprender com o setor de turismo e viagens? Revista Eletrônica Gestão e Sociedade, v.14, n.39, p. 3698-3706.

Costa, E. F. de J. (2013). Da Corrida de Torra ao Poranci: a permanência histórica dos Tupinambá de Olivença no sul da Bahia. (Dissertação de Mestrado) ”“ Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília (Unb).

Couto, E. S. (2001). A Puxada do Mastro: Transformações históricas da festa de São Sebastião em Olivença (Ilhéus-BA). Ilhéus: Editora da Universidade Livre do Mar e da Mata.

Damasceno, A. (2009). Como praticar a netnografia: procedimentos metodológicos. Recuperado em 10 de agosto, 2020, de https://omelhordomarketing.com/como-praticar-a-netnografia-procedimentos-metodologicos/.

Gondim, C. B., Bolzán, R. E., Espínola, R. S., Alexandre, M. L. O. (2020). Netnografia como Método de Pesquisa em Turismo: análise de estudos de Pós-Graduação no Brasil. Revista Turismo em Análise ”“ RTA, v. 31, n. 1, p. 19-36.

Hall, Stuart. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. 11.ed. Rio de Janeiro: DP&A.

Harari, Yuval Noah. (2018). Sapiens: uma breve história da humanidade. (38 ed). Porto Alegre: L&PM.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Censo demográfico: Plataforma Sidra: população residente, por situação do domicilio e sexo. Recuperado em 24 de junho, 2020, de https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/608#resultado.

Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. (2020). Qual a origem desse novo coronavírus?. Recuperado em 27 de julho, 2020, de https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-origem-desse-novo-coronavirus.

Laraia, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. (2008). 22.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Madeiro, C. (2020). Coronavírus faz o que nem Zika, nem óleo conseguiram: parar o turismo no NE. Recuperado em 15 de abril, 2020, de https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/29/coronavirus-faz-o-que-nem-zika-nem-oleo-conseguiram-parar-o-turismo-no-ne.htm?cmpid=copiaecola.

Manuel, Canales Cerón. (2006). Metodologías de investigación social. Santiago: Lom Ediciones.

Oliveira, L. F. M. de e Trigo, L. G. G. (2017). Patrimônio, turismo e desenvolvimento: um estudo sobre a puxada do mastro de São Sebastião em Olivença, Ilhéus, Bahia. CULTUR, ano 11 - nº 03.

Oliveira, L. F. M. de e Trigo, L. G. G. (2018). Puxada do Mastro de São Sebastião em Olivença (Ilhéus-BA): perspectivas de educação não formal no âmbito do patrimônio e do turismo. (Dissertação de Mestrado) ”“ Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP).

Organização Mundial do Turismo. (2001). Apuntes de Metodología de la Investigación en Turismo. Madrid: OMT, 2001.

Panosso Netto, A. e Trigo, L. G. G. (2009). Cenários do turismo brasileiro. São Paulo: Aleph.

Prodanova, Cleber Cristiano e Freitas, Ernani Cesar de. (2013). Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale.

Ramos, K. V. (2008). Indianidade e turismo: trocas interculturais em Olivença (Ilhéus-BA). Intercom ”“ Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da comunicação. XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Natal, RN.

Ribeiro, Geraldo Magela. (2017). Igreja Nossa Senhora da Escada: Olivença, Ilhéus, Bahia. Itabuna: Mondrongo.

Sanchez Filho, S. E. M; Mesquita Filho, O. P. de. (2009). Puxada do Mastro de São Sebastião: institucionalização de uma festa popular. Faculdade de Comunicação, UFBA, V Enecult ”“ Encontro de Estudos Multidisplinares em Cultura. Salvador, BA.

Schwarcz, Lilia Moritz. (2020). Quando acaba o século XX. São Paulo: Companhia das Letras.

Silva, Suelen de Aguiar. (2015). Desvelando a Netnografia: um guia teórico e prático. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, 38(2), 339-342. Recuperado em 15 de abril, 2020, de https://doi.org/10.1590/1809-58442015217 .

Downloads

Publicado

13-09-2021

Como Citar

Oliveira, L. F. M. de. (2021). Celebração da Puxada do Mastro de São Sebastião (Ilhéus-BA) no contexto da pandemia. Cenário: Revista Interdisciplinar Em Turismo E Território , 9(3), 304–322. https://doi.org/10.26512/revistacenario.v9i3.36852

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.