Fundamentos do Pastoreio Racional Voisin

Autores/as

  • Alexandre Lenzi Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.33240/rba.v7i1.49290

Palabras clave:

Consumo, Pastoreio Voisin, Produção animal, Qualidade da forragem

Resumen

A crescente demanda mundial por produtos de origem animal oriundos da criação em pastagens, demonstra a tendência dos consumidores por produtos que tenham qualidade biológica gerados por processos produtivos que, além de proteger os recursos naturais, contemplam o bem-estar animal. Nesse sentido, as pastagens passam a ter importância econômica e ambiental que pode ser facilmente identificada uma vez que se constituem na base dos sistemas de produção de ruminantes. Entretanto, o modelo conceitual que vigora na produção animal em pastagens, seja baseado em sistema de pastejo contínuo ou rotativo, porém atrelado a altas doses de nitrogênio, tem se mostrado ineficiente do ponto de vista bioeconômico. Verifica-se, assim, a necessidade de tornar os sistemas produtivos mais competitivos e viáveis economicamente, uma vez que a produção animal no Brasil, ainda apresenta índices de produtividade muito baixos, em virtude, principalmente, da deficiência na alimentação, seja em quantidade e/ou qualidade. Com o enfoque de sustentabilidade, o manejo passa a ser o principal fator a ser utilizado na manutenção e perenidade dos pastos, e, por conseqüência para a condução dos animais em pastoreio. Para que isso ocorra Voisin postulou quatro leis básicas, sendo a primeira relacionada ao Tempo de Repouso adequado, que permita à planta armazenar em suas raízes reservas suficientes para um novo e vigoroso rebrote. A segunda lei prevê que o Tempo de Ocupação de um piquete pelos animais deve ser suficientemente curto para que uma planta não seja pastoreada mais de uma vez em um mesmo período de pastoreio. A terceira lei tem como meta os Rendimentos Máximos, para isto é preciso ajudar os animais que tenham as maiores necessidades nutricionais na obtenção de alta ingestão voluntária de forragem em termos quantitativos e qualitativos. A quarta lei busca o equilíbrio, pelos Rendimentos Regulares, nesse sentido os animais não devem permanecer por mais de três dias em um mesmo piquete. Para se obter êxito no manejo racional das pastagens, deve-se lançar mão de uma ferramenta essencial, e esta diz respeito ao Ponto Ótimo de Repouso entendido como o estádio de crescimento em que a planta se encontra no momento ideal para o consumo. Nesta condição, a planta tem bom desenvolvimento do sistema radicular com reservas suficientes para um novo rebrote e a sua parte aérea se encontra com um bom índice de área foliar, composto por folhas tenras, colmos não-lignificados, e ausência de material senescente. A Arte de Saber Saltar refere-se à habilidade do humano, que comanda o pastoreio, em identificar, escolher e utilizar os piquetes que tenham alcançado o ponto ótimo de repouso, independentemente de sua localização na pastagem.

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Publicado

2012-05-01

Número

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Artículos

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