A vida ativa do solo

Autores

  • Alexandre Lenzi Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.33240/rba.v7i1.49315

Palavras-chave:

Excrementos, matéria orgânica, Pastoreio Voisin, sustentabilidade

Resumo

O solo é um dos componentes mais importantes para a viabilidade dos sistemas, seja ele para a agricultura ou para a pecuária. Sabe-se que a sustentabilidade de um ecossistema pastoril é dependente da interação de vários fatores, dentre eles o solo com seus aspectos físicos, químicos e biológicos que irão propiciar o adequado crescimento e desenvolvimento das plantas, refletindo no desempenho animal. No entanto, nos sistemas atuais de produção animal, pouca importância tem sido dada a este aspecto, e vem ocorrendo crescente perda de fertilidade dos solos. Com a degradação das áreas de pastagens, altera-se a qualidade e a quantidade de matéria orgânica do solo (MOS). A MO tem a sua importância, não apenas como fonte de nutrientes no solo, mas com a função básica e mais importante, que é atuar como um biocatalizador da vida do solo. O manejo correto dos animais em pastoreio pode influenciar beneficamente o processo de reciclagem dos nutrientes, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento da biocenose. Para se ter biocenose ativa é necessária boa fonte de alimento para os microrganismos do solo e uma das maneiras mais eficientes de cumprir esta meta é pela distribuição uniforme dos excrementos dos animais na pastagem, favorecendo a homogeneização da fertilidade natural do solo. A melhor distribuição dos excrementos no sistema rotativo propicia bom aproveitamento dos nutrientes pelas plantas forrageiras, reduzindo a necessidade do uso de fertilizantes. Isso pode ser justificado pela maior disponibilização de nutrientes na pastagem, o que exemplifica e evidencia a importância da reciclagem de nutrientes na interface solo-planta-animal. Portanto, no sistema de Pastoreio Racional Voisin, a subdivisão das pastagens em piquetes, contribui para o incremento da fertilidade natural do solo, devido ao uso de altas cargas animal instantâneas, ocorrendo uma distribuição uniforme dos excrementos na área da pastagem ao longo do tempo.

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Publicado

2012-05-01

Como Citar

Lenzi, A. (2012). A vida ativa do solo. Revista Brasileira De Agroecologia, 7(1), 187–195. https://doi.org/10.33240/rba.v7i1.49315

Edição

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