Patrimonialidade em cidades não patrimonializadas

caso de Crixás, Goiás, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.31725

Palavras-chave:

Crixás. patrimônio. patrimonialidade. memória. lugar.

Resumo

Crixás (Goiás, Brasil) é analisada neste artigo desde sua gênese colonial até o atual contexto que indica a negligência na defesa de seu patrimônio cultural. Diversos eventos econômicos, políticos e sociais conduziram à quase completa destruição de um conjunto de bens culturais móveis e imóveis no espaço urbano. O objetivo da pesquisa foi identificar em que medida ausências e permanências na paisagem urbana e/ou na memória coletiva constroem um sentido de patrimonialidade particular. Foi possível reconhecer que tal sentido, oriundo da relação patrimônio-memória-lugar, tensiona a dialética material-simbólica do patrimônio local, sobrepondo-se ao reconhecimento institucional ou ao discurso oficial de conservação de bens edificados. Para a análise, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais, observação participante em manifestações cuturais locais, técnicas da história oral e entrevistas (semiestruturadas, narrativas e fotoentrevistas).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luana Nunes Martins de Lima, Universidade Estadual de Goiás

Doutora em Geografia pela Universidade de Brasília. Professora da Universidade Estadual de Goiás.

Referências

Asmar, J. (1988). Crixás, do berço de ouro à luta pela vida. Goiânia.

Betrand, P. (Org., Ed.) (1978). Formação econômica de Goiás. Goiânia: Editora Oriente.

Bosi, E. (1994). Memória e sociedade: lembrança dos velhos (3a ed.) São Paulo: Companhia das letras.

Buttimer, A. (1982) Apreendendo o dinamismo do Mundo Vivido. In A. Christofoletti (Org.). Perspectivas da Geografia (pp. 165 ”“ 193). São Paulo: Difel.

Cipriano, C. & Clímaco, D. (Diretores) (2002). Viva todos que prestaram atenção! (Curtametragem). Goiânia: UFG. Recuperado em 20 outubro, 2016, de https://www.youtube.com/watch?v=bYzhAjdEf9g

Chaul, N. F. (2010). Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade (3a ed.). Goiânia: Ed. da UFG.

Chuva, M. (2003). Fundando a nação: a representação de um Brasil barroco, moderno e civilizado. TOPOI, 4 (7), 313-333.

Chuva, M. (2009). Os arquitetos da memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ.

Costa, E. (2016). Utopismos patrimoniais pela América Latina, resistências à colonialidade do poder. Anais do Colóquio Internacional de Geocrítica, Barcelona, Espanha, 14. Recuperado em maio, 2017, de http://www.ub.edu/geocrit/xiv_everaldocosta.pdf

Costa, E. (2017). Ativação popular do patrimônio territorial na América Latina: teoria e metodologia. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 26 (2), 53-75. Recuperado em maio, 2017, de http://dx.doi.org/10.15446/rcdg.v26n2.59225

Dias, W. (2010). No obscuro do ouro, o brilho do Cerrado: a dinâmica territorial do município de Crixás-GO. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

Felippe, J. (2016). Cartografias Valorativas de Sabará ”“ MG: a essencialidade da cidade patrimonial metropolizada. Tese de doutorado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Fernandes F, Lima, M. H. & Silva, N.(2007). A grande mina e a comunidade: estudo de caso da grande mina de ouro de Crixás em Goiás. Rio de Janeiro: CETEM/MCT.

Gonçalves, J. R. S. (2005). Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônios. Horizontes Antropológicos, 11 (23), 15-36.

Halbwachs, M. (2003). A memória coletiva (B. Sidou, Trad.). São Paulo: Centauro.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE] (2010). Cidades. Recuperado em 15 julho, 2016, de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/crixas/historico.

Lima, L. (2017). Lugar e memória: o patrimônio goiano entre o esquecimento e a resistência. Tese de doutorado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Lima, M. M. (2015). Crixás ”“ nossa terra, nossa gente (2a ed). Goiânia: Scala Editora.

Merleau-Ponty, M. (1999). Fenomenologia da percepção (C. A. R. Moura. Trad, 2a ed.) São Paulo: Martins Fontes.

Merleau-Ponty, M. (2012). O visível e o invisível. (J. A. Gianotti e A. M. d’Oliveira, Trads. 4a ed.). São Paulo: Perspectiva.

Oliveira, S. (2001). Terra dos Kirirás e poemas mais...! (2a ed.). Goiânia: Arte e Laser Ltda.

Pelegrini, S. C. A. (2006). O patrimônio cultural no discurso e na lei: trajetória do debate sobre a preservação no Brasil. Patrimônio e Memória, 2 (2) 54-77.

Pohl, J. (1975). Viagem ao interior do Brasil. São Paulo: Edusp.

Pollak, M. (1992). Memória e identidade social. Estudos Históricos, 5 (10), 200-212.

Poulot, D. (2009). Uma história do patrimônio no Ocidente. São Paulo: Estação Liberdade.

Teixeira Neto, A. (2009). Os caminhos de ontem e de hoje em direção a Goiás-Tocantins. Anais do Simpósio Nacional da Associação Brasileira de História das Religiões, Goiânia, Goiás, Brasil, 11.

Downloads

Publicado

01-09-2020

Como Citar

Lima, L. N. M. de. (2020). Patrimonialidade em cidades não patrimonializadas: caso de Crixás, Goiás, Brasil. PatryTer, 3(6), 202–218. https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.31725

Edição

Seção

Cidades e patrimonialização na Améria Latina - Gecipa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)