Lugar, sujeito e polissemias do patrimônio em Goiás, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v5i10.43055Palavras-chave:
patrimônio cultural. memória. Pilar de Goiás. Crixás. Pirenópolis.Resumo
A recente expansão do conceito de patrimônio possibilita novos olhares e nos impõe desafios de interpretação das referências culturais dos distintos grupos sociais. Este artigo propõe um diálogo que problematiza a memória e o patrimônio em Pilar, Crixás e Pirenópolis (Goiás – Brasil), considerando suas histórias, suas reminiscências, suas ausências nos lugares modificados, suas disputas em torno da memória e seus diferentes sentidos. Como metodologia de pesquisa, nos valemos de revisão bibliográfica, documental e pesquisas de campo, com observação participante e entrevistas (semiestruturada, narrativas e fotoentrevistas) com moradores dos três municípios entre 2013 e 2021. Apesar dos diferentes recortes espaciais e das múltiplas motivações que se consolidam em torno do patrimônio nos casos estudados, todos apontam para os sujeitos e suas valorações, demonstrando seu caráter polissêmico, plurissignificativo e carregado de “vontade de memória”.
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