Construção de indicadores de eficiência hídrica urbana: desafio para a gestão ambiental urbana

Resumo

A expansão urbana de baixas densidades tem como consequência a impermeabilização de uma parte significativa das unidades hidrográficas, a redução na capacidade de infiltração do solo e o aumento do consumo nas unidades habitacionais, causando distorções no movimento dos fluxos de água da bacia. Por outro lado, áreas de altas densidades têm taxa de permeabilidade menor. Conciliar, portanto, a questão das densidades urbanas com a questão do ciclo hidrológico é um dos desafios atuais para o planejamento do espaço urbano. Neste sentido, se faz necessário o estudo de instrumentos de gestão ambiental urbana, entre os quais destacamos os indicadores. Os indicadores ambientais urbanos existentes no Brasil estão relacionados ao sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário das populações atendidas bem como à quantidade e qualidade da água. Não consideram a quantidade de recursos para manter um bom funcionamento do ciclo hidrológico indicando a porcentagem dos espaços impermeabilizados dentro da unidade hidrográfica e os efeitos para os ecossistemas. Visando contribuir nesta discussão, este trabalho tem como objetivo analisar os princípios que regem as ações integradas ”“ drenagem, abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, gestão de resíduos sólidos, uso do solo e legislação ambiental ”“ que possam tangenciar os diferentes tipos de zoneamento de forma sistêmica por meio de um estudo dos princípios da gestão ecológica do ciclo da água e dos critérios ambientais adotados para a implantação de futuros Planos Diretores de Drenagem urbana ”“ PDDUs para a construção de indicadores de sustentabilidade intra-urbana de eficiência hídrica. (esse período está bastante extenso e um pouco confuso. Vou pensar em algo para ele).