Interseccionando Freire: bell hooks, linguagem inclusiva e diálogo

Autores

  • Ana Carolina Amaral Pontes-Saraiva Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFAPE) https://orcid.org/0000-0002-9345-7952
  • Ângela Maria Borges do Nascimento Faculdade de Olinda e Coletivo Feminista Cabelaço

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40675

Palavras-chave:

Paulo freire, bell hooks, linguagem inclusiva, genero, interseccionalidade

Resumo

Pelo fio da narrativa do conflito entre Paulo Freire e feministas estadunidenses sobre a linguagem utilizada pelo primeiro, este trabalho busca acrescer um olhar sobre o caminho escolhido por uma delas, bell hooks, em sua crítica. Sendo leal a sua tese, analisando e admitindo o equívoco de reduzir o impacto da linguagem em sua Pedagogia da esperança após as críticas feministas, Freire passa a usar a linguagem inclusiva. A interlocução preciosa de bell hooks, entretanto, vai além de crítica e conserto. Em sua análise da situação, ela expõe em seu Ensinando a transgredir, com delicadeza, os frutos nascidos pós-crítica. É nosso objetivo observar essa ponte criada em educação para direitos humanos, que considera lutas sociais, gênero, classe, raça e sexualidade na perspectiva interseccional, entre um mestre e uma mestra educando-se mutuamente.

Biografia do Autor

Ângela Maria Borges do Nascimento, Faculdade de Olinda e Coletivo Feminista Cabelaço

Advogada, consultora jurídica para formalização de organizações populares negras e de mulheres, defensora dos direitos humanos das mulheres e da população negra, integrante do Coletivo Feminista Cabelaço. http://lattes.cnpq.br/7138359060381958 Email: angelborges@hotmail.com

Referências

FLEURI, Reinaldo M.; COSTA, Marisa V. Travessia: questões e perspectivas emergentes na pesquisa em educação popular. Ijuí: Unijuí, 2001.

FLEURI, Reinaldo M.; MURACA, Mariateresa. Um enfoque feminista da perspectiva político-pedagógica Freiriana. In: STRECK, Danilo R.; ESTEBAN, Maria Teresa (orgs.). Educação popular: lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013, v. 1, p. 96-109.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17. ed, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GADOTTI, Moacir. Paulo Freire e a educação popular. 2018. Proposta 113 Fase. Disponível em: <https://is.gd/Div0232> ou <https://sindacs.org.br/novo/wp-content/uploads/2018/06/Paulo-Freire-e-a-Educa%C3%A7%C3%A3o-Popular..pdf>. Acesso em 21 out. 2021.

OLIVEIRA, Erika. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Lutas Sociais, São Paulo, v. 19 n. 34, p. 219-222, jan./jun. 2015. Disponível em <https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/download/25769/pdf>. Acesso em 7 nov. 2021.

WERNECK, Jurema. Políticas públicas para as mulheres negras. Passo a passo, defesa, monitoramento, e avaliação de políticas públicas. Rio de Janeiro, Criola, 2010.

Downloads

Publicado

31.01.2022

Como Citar

PONTES-SARAIVA, Ana Carolina Amaral; BORGES DO NASCIMENTO, Ângela Maria. Interseccionando Freire: bell hooks, linguagem inclusiva e diálogo. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 8, n. 1, p. 115–132, 2022. DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40675. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/40675. Acesso em: 8 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.