Seigneurial Hermeneutics

Authors

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v10i1.52078

Keywords:

Seigneurial hermeneutics, Chain novel, Machado de Assis

Abstract

The text develops the concept of seigneurial hermeneutics based on the dialogue between Ronald Dworkin and Machado de Assis. First, the main elements of what Dworkin calls the “chain novel” are exposed. Subsequently, the text develops criticism of the modern novel present in the work of Machado de Assis. This criticism is a stylization of the domination patterns of the seigneurial class in Imperial Brazil. Finally, Machado's literature reveals long-lasting characteristics of the interpretation of law in Brazil, which we call seigneurial hermeneutics: the fickle, incongruous and arbitrary manipulation of the legal system; the principle of illegality; the legal ritualization of sacrificial violence; and the absolute conception of property.

Author Biography

Marcos Queiroz, Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Professor na graduação e na pós-graduação no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Doutor em Direito pela Universidade de Brasília, com sanduíche na Univerisdad Nacional de Colombia (Programa Abdias Nascimento – Capes) e na Duke University (Fulbright Commission). Coordenador do Peabiru – Núcleo de Pesquisa em História e Constitucionalismo da América Latina (IDP). Autor do livro Constitucionalismo Brasileiro e o Atlântico Negro: a experiência constituinte de 1823 diante da Revolução Haitiana (Menção Honrosa Prêmio Thomas Skidmore - 2018). Editor-chefe da Revista Jacobina.

References

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. África, números do tráfico atlântico. SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos. Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Parecer sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ADPF/186, apresentada ao Supremo Tribunal Federal. Revista de História, 27 abr. 2012.

ARGUELHES, Diego Werneck; RIBEIRO, Leandro Molhano. Ministocracia: o Supremo Tribunal individual e o processo democrático brasileiro. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v. 37, n. 01, p. 13-32, jan-abr, 2018.

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: FTD, 1992.

BERTÚLIO, Dora Lucia de Lima. Direito e Relações Raciais: uma introdução crítica ao racismo. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2019.

BRITO, Luciana da Cruz. Temores da África: segurança, legislação e população africana na Bahia oitocentista. Salvador: EDUFBA, 2016.

CARVALHO NETTO, Menelick de; SCOTTI, Guilherme. Os direitos fundamentais e a (in)certeza do direito: a produtividade das tensões principiológicas do sistema de regras. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

DUARTE, Evandro Piza. Do medo da diferença à igualdade como liberdade: as ações afirmativas para negros no ensino superior e os procedimentos de identificação de seus beneficiários. Brasília. Programa de Pós-Graduação (Doutorado) em Direito, Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, 2011

DWORKIN, Ronald. A justiça de toga. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010a.

DWORKIN, Ronald. A raposa e o porco-espinho: justiça e valor. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.

DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010b.

DWORKIN, Ronald. O império do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro; PIRES, Thula Rafaela de Oliveira. Supremo Tribunal Federal e a naturalização da barbárie. Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, 2020.

FRENCH, Jan Hoffman. Repensando a Violência Policial no Brasil: Desmascarando o Segredo Público da Raça. Revista TOMO, n. 31, p. 9-40, 2017.

GARGARELLA, Roberto. Interpretando a Dworkin. Artículo presentado en el Seminario de profesores del ITAM, México DF, enero de 2015.

HÜBNER MENDES, Conrado. O discreto charme da magistocracia: vícios e disfarces do judiciário brasileiro. São Paulo: Fósforo, 2023.

MATTOS, Ilmar Rohloff de. O Tempo Saquarema. São Paulo: HUCITEC, 1987.

MAMIGONIAN, Beatriz G. Africanos livres: a abolição do tráfico de escravos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

PARRON, Tâmis. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

PARRON, Tâmis; YOUSSEF, Alain El; ESTEFANES, Bruno Fabris. Vale expandido: contrabando negreiro e a construção de uma dinâmica política nacional no Império do Brasil. Almanack, n. 07, p. 137-159, 2014.

QUEIROZ, Marcos. O Haiti é aqui: ensaio sobre formação social e cultura jurídica latino-americana (Brasil, Colômbia e Haiti, século XIX). Brasília: Programa de Pós-Graduação (Doutorado) em Direito da Universidade de Brasília, 2022.

QUEIROZ, Marcos; SCOTTI, Guilherme. Direitos fundamentais como abertura para o passado: diálogos entre Ronald Dworkin e a Teoria Pós-Colonial. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, v. 26, n. 3, p. 217-240, 2021.

SALLES, Ricardo. Nostalgia Imperial: Escravidão e formação da identidade nacional no Brasil do Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Ponteio, 2013.

SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2012.

SILVA, Denise Ferreira da. Ninguém: direito, racialidade e violência. Meritum, Belo Horizonte, v. 9, n. 01, p. 67-117, jan-jun 2014.

TAUSSIG, Michael. Defacement: Public Secrecy and the Labor of the Negative. Stanford: Stanford University Press, 1999.

VIEIRA, Oscar Vieira. A batalha dos poderes: da transição democrática ao mal-estar constitucional. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

VIEIRA, Oscar Vieira. Supremocracia. Revista Direito GV, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 441-464, jul-dez 2008.

Published

31.01.2024

How to Cite

QUEIROZ, Marcos. Seigneurial Hermeneutics. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal], Brasília, v. 10, n. 1, p. 721–735, 2024. DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v10i1.52078. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/52078. Acesso em: 2 jul. 2024.

Similar Articles

1 2 3 4 5 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.