Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana

discutindo direitos por meio do feminismo popular

Autores

  • Flávia da Rosa Melo Universidade Federal do Paraná
  • Isabela Hummelgen Universidade Federal do Paraná (graduanda em Direito).
  • Flávia Costa Gosch Universidade Federal do Paraná (graduanda em Direito).
  • Daiane Machado Universidade Federal do Paraná (graduanda em Direito).

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v3i1.19413

Palavras-chave:

Feminismo. Promotoras Legais Populares. Direito. Gênero. Brasil.

Resumo

O presente ensaio apresenta o projeto das Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana a partir da experiência dos últimos seis anos enquanto curso de formação popular feminista. Este projeto existe em outros países da América Latina e outras cidades do Brasil, e a partir de uma base comum que pensa um feminismo anticapitalista e popular, busca-se proporcionar uma educação emancipatória e empoderadora de mulheres através dos princípios freireanos.  Refletimos aqui sobre questões teóricas e práticas das conexões existentes entre o feminismo popular, os movimentos sociais e a mobilização de mulheres na atualidade, todas questões essenciais também para se (re)pensar o Direito, tendo em vista suas potencialidades e limitações para a práxis do movimento feminista.

Biografia do Autor

Flávia da Rosa Melo, Universidade Federal do Paraná

Possuo bacharelado e licenciatura em História pela UFPR, e mestrado em História pela mesma instituição. Estou formulando a pesquisa de doutorado no presente momento. Dedico-me a pesquisar a relação entre Gênero e História, sendo que minha pesquisa de mestrado teve como objeto e problema as representações de gênero (da mulher e da feminilidade) nas produções culturais da Grande Depressão nos Estados Unidos (1930/40). Minhas áres de interesse e pesquisa são, portanto, História Cultural, História e Gênero, Movimentos Feministas e Sociais na contemporaneidade, História Contemporânea, Estudos das Políticas Públicas e Gênero, Teoria Feminista.

Referências

ALVAREZ, Sonia E. “Feminismos latinoamericanos”. In:Revista Estudos Feministas, Universidade Federal de Santa Catarina, v. 6, n. 2, 1998. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/12008/11293 > Acesso em: 12 de julho de 2017.
ARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. “O significado da greve das mulheres neste 8 de março”. In: Blog da Boitempo, 3 de março de 2017. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2017/03/03/o-significado-da-greve-das-mulheres-neste-8-de-marco/ Acesso em: 07 jul. 2017.
BARLETT, Katharine T. “Feminist Legal Methods”. Cambridge : Harvard Law Review, volume 103, nº 4. 1990
BITTENCOURT, Naiara Andreoli ; COZERO, Paula. T. “Ruim para todos, pior para as mulheres: a desigualdade de gênero e a proposta da reforma da previdência”. In: GIORGI, Fernanda; MADUREIRA, Leandro; AGUSTINHO, Thiago; LOPES, Anyonio Fernando Megale (Org.). O Golpe de 2016 e a Reforma da Previdência: narrativas de resistência. 1ed. Bauru: Canal 6, 2017, p. 338-349.
COBBLE, Dorothy Sue; GORDON, Linda; HENRY, Astrid. Feminism unfinished: A short, surprising history of American Women’s Movements. New York City: WW Norton & Company, 2014.
DAMASCENO, Victória. “Aprovado, projeto de lei quer mostrar imagens de feto às vítimas de estupro”. Carta Capital, 27 de junho de 2017. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/aprovado-pl-quer-mostrar-imagens-de-fetos-as-vitimas-de-estupro Acesso em: 9 de julho de 2017.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução Editora Boitempo. São Paulo: Boitempo, 2016.
DE LA TORRE RANGEL, Jesús Antonio. El Derecho como arma de liberación em América Latina: Sociología jurídica y uso alternativo del derecho. 3ª edição. San Luis Potosí: Departamento de Publicaciones de la Faculdad de Derecho, 2006.
FONSECA, Lívia Gimenes Dias da. A luta pela liberdade em casa e na rua: a construção do Direito das mulheres a partir do projeto Promotoras Legais Populares do Distrito Federal. Brasília: Programa de Pós-Graduação (Mestrado) de Direito da Universidade de Brasília, 2012.
HUZIOKA, L. L. As dificuldades do projeto Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana: desafios desde a alteridade. Curitiba: IV Seminário Direito, Pesquisa e Movimentos Sociais, 2014, p. 867-884.
INSTITUTO de Pesquisa Econômica Aplicada. “Ipea revela dados inéditos sobre violência contra a mulher”. IPEA, 9 de setembro de 2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=19873 > Acesso em: 05 de julho de 2017.
JARAMILLO, Isabel Cristina. “La crítica feminista al derecho, estudio preliminar”. In: WEST, Robin (Org.) Género y teoría del derecho. Bogotá: Siglo de Hombres Editores, Facultad de Derecho de la Universidad de Los Andes, Ediciones Uniandes, Instituto Pensar, 2000.
KOLLONTAI, Aleksandra Mikhálovina. “O dia da mulher”. In: SCNEIDER, Graziela. Revolução das Mulheres: Emancipação feminina na Rússia Soviética. São Paulo: Boitempo, 2017. p. 160-163.
MELO, Flávia da Rosa. Mulheres da Grande Depressão: a itinerância das representações femininas e maternas no romance e filme As Vinhas da Ira - Estados Unidos (1930-1940). Curitiba: Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado) da Universidade Federal do Paraná, 2017.
OLIVEIRA, Ligia Ziggiotti de. (Con)formação da(s) identidade(s) da mulher no direito das famílias contemporâneo: perspectivas feministas sobre o individual e relacional em família. Curitiba: Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Direito da Universidade Federal do Paraná, 2015.
POMPEO, Carolina. “Paraná tem apenas 17 delegacias da mulher em funcionamento”. Curitiba: Gazeta do Povo, 04 de janeiro de 2016. Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/parana-tem-apenas-17-delegacias-da-mulher-em-funcionamento-cyzb4a04zbcfeim5bmhjz9nfu > Acesso em: 9 de julho de 2017.
PROMOTORAS Legais Populares. “Quem Somos?” São Paulo, publicado no website das Promotoras Legais Populares de São Paulo. Disponível em: < http://promotoraslegaispopulares.org.br/quem-somos/ > Acesso em: 8 de julho de 2017.
RIBAS, Luiz Otávio. Direito insurgente e pluralismo jurídico: assessoria jurídica de movimentos populares em Porto Alegre e no Rio de Janeiro (1960-2000). Florianópolis: Universidade Federal De Santa Catarina, 2009.
SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SANTOS, Giselle Cristina dos Anjos. Mulher e Revolução em Cuba. Londina: IV Simpósio Lutas Sociais Na América Latina, 2010, p. 114 - 124. Disponível em: http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/anais_ivsimp/gt7/13_gisellesantos.pdf Acesso em: 07 de julho 2017.
SARTRI, Cynthia Andersen. “O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma anos 1970: revisitando uma trajetória”. In: Revista Estudos Feministas, Universidade Federal de Santa Catarina, v. 12, n. 2, 2004. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2004000200003/7860> Acesso em: 6 de julho de 2017.
SMITH, Bonnie G. Gênero e História: homens, mulheres e a prática histórica. Bauru: EDUSC, 2003.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil e outros ensaios. São Paulo: Alameda, 2017.
WAISELFISZ, Julio. Mapa da violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. Rio de Janeiro: Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) Brasil, 2015. Disponível em: <http://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2015_mulheres.php>Acesso em: 5 de julho de 2017.
ZELIC, Marcelo. “Movimento feminino pela Anistia.” Memorial da Anistia. Disponível em: < http://memorialanistia.org.br/movimento-feminino-pela-anistia/ > Acesso em: 7 de julho de 2017.

Downloads

Publicado

20.11.2018

Como Citar

MELO, Flávia da Rosa; HUMMELGEN, Isabela; GOSCH, Flávia Costa; MACHADO, Daiane. Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana: discutindo direitos por meio do feminismo popular. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 3, n. 1, p. 405–440, 2018. DOI: 10.26512/insurgncia.v3i1.19413. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19413. Acesso em: 20 abr. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.