O Conceito de "Partilha do Sensível" e as suas Implicações no que Concerne a Atividade Política em Jacques Rancière

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v10i1.47774

Palavras-chave:

Partilha. Sensível. Política. Dominação. Polícia.

Resumo

Este trabalho visa apresentar o sentido de partilha do sensível na teoria de Jacques Rancière. Com o objetivo de compreendermos a gênese da noção de partilha do sensível – sobretudo, neste momento em particular –, partiremos da definição ranciereana de subjetivação política, que é inerente à distribuição de lugares promovida por instâncias de dominação. Afinal, para o autor, a política não é distribuição de poder. A partilha do sensível seria um processo político e policial que ora é mediada por instâncias de conflito, ora é intercedida por instâncias de poder; e isto tende a afetar a maneira como os sujeitos ocupam a comunidade sensível ao verificar as formas como a realidade lhes é tomada e ordenada seguindo a ordem da dominação.

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Biografia do Autor

Michelly Alves Teixeira, Universidade de Brasília

Doutoranda em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília. Mestra no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, na linha Epistemologia, Lógica e Metafísica, pela Universidade de Brasília. Graduada no curso de bacharelado e licenciatura em Filosofia pela Universidade de Brasília (2014/2018). Desde os primeiros meses acompanhou atividades extra-curriculares e Grupos de Estudo com especialistas em diferentes linhas de pensamento nas áreas de História da Filosofia contemporânea, Filosofia Política e Estética. Participou, já no primeiro ano da graduação de evento nacional, apresentando comunicação em áreas de interesse. Desenvolveu, entre os anos de 2015 a 2018, Projeto de Iniciação Científica (PIBIC). Possui interesse pela Filosofia Moderna, Contemporânea e Ética e Filosofia Política

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Publicado

30-04-2022

Como Citar

ALVES TEIXEIRA, Michelly. O Conceito de "Partilha do Sensível" e as suas Implicações no que Concerne a Atividade Política em Jacques Rancière. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 297–308, 2022. DOI: 10.26512/rfmc.v10i1.47774. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/47774. Acesso em: 29 mar. 2024.

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