A Representação Política em Thomas Hobbes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v10i1.47711

Palavras-chave:

Hobbes. Modernidade. Representação.

Resumo

O artigo examina a teoria da representação por meio da qual o filósofo inglês Thomas Hobbes constrói a mais madura e elaborada versão de sua doutrina política. A demonstração do Leviatã inova e resolve certas ambiguidades dos trabalhos anteriores pelo uso da teoria da representação, apoio do poder supremo do soberano; abre a ciência política à modernidade. Com esta ficção, o raciocínio adquire uma coerência que ainda não havia atingido nem em Elements of Law nem em De Cive. Para Hobbes, a representação desempenha um papel decisivo na estruturação do mundo jurídico em que consiste o Estado. A partir do pensamento do filósofo inglês, a noção de representação alcança pela primeira vez um sentido político, inaugurando uma nova forma de compreender o vínculo social e político, bem como a instituição e perpetuação da comunidade política com sua conceituação como princípio de existência da comunidade.

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Biografia do Autor

Mbaidiguim Djikoldigam, Universidade de São Paulo

Mestre em Filosofia pela USP, com ênfase em ética e filosofia política. Possui graduação em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2019) e graduação em filosofia - Seminário maior Mbaga Tuzindé (2012).

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Publicado

30-04-2022

Como Citar

DJIKOLDIGAM, Mbaidiguim. A Representação Política em Thomas Hobbes. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 239–253, 2022. DOI: 10.26512/rfmc.v10i1.47711. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/47711. Acesso em: 25 abr. 2024.