O (Quase-) Tempo dos Objetos de Fantasia na Fenomenologia de Edmund Husserl

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v11i2.52354

Palavras-chave:

Husserl. (Quase-)tempo. Fantasia. Consciência de imagem. Recordação.

Resumo

O presente artigo possui a intenção de responder duas questões: (i) de que tipo de temporalidade fenomenológica estamos tratando no ato de fantasia? e (ii) como entender temporalmente a distinção que se estabelece entre as presentificações: fantasia, consciência de imagem, e recordação? O que foi mencionado anteriormente é necessário, pois o tema da fantasia necessita ser tematizado por se tratar de um ato de extrema importância para a vida da consciência. Além disso, percursamos de modo pontual os fios de continuidade nas análises de Husserl com o objetivo de apontar para uma relação entre a temporalidade fenomenológica e os atos de fantasia.

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Biografia do Autor

Isabela Carolina Carneiro de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Filosofia Contemporânea pelo Programa de Pós-Graduação da UFMG. Possui graduação em Filosofia e Pedagogia pela mesma instituição. Atualmente leciona Filosofia e Sociologia na Educação Básica. Como pesquisadora, investiga e possui publicações sobre a consciência-tempo [Zeitbewusstsein] de Edmund Husserl, com ênfase nas intencionalidades dirigidas aos objetos temporais e quase-temporais, incluindo em sua análise o fluxo constitutivo do tempo e a especificidade da consciência absoluta. É membro colaborador do Círculo de Estudos Husserlianos (CEH) - UFMA e do grupo de pesquisa Origens da Filosofia Contemporânea - PUC/SP. Além disso, em um de seus mais recentes trabalhos foi revisora do relatório internacional "Information Disorder: Toward an interdisciplinary framework for research and policymaking" compilado a pedido do Council of Europe.

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Publicado

30-08-2024

Como Citar

CARNEIRO DE OLIVEIRA, Isabela Carolina. O (Quase-) Tempo dos Objetos de Fantasia na Fenomenologia de Edmund Husserl. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 87–114, 2024. DOI: 10.26512/rfmc.v11i2.52354. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/52354. Acesso em: 21 nov. 2024.