Lei Aldir Blanc, política cultural imaterial e folia de reis em Santa Helena de Minas (MG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i39.39557

Palavras-chave:

Lei Aldir Blanc., Política Cultural., Folia de Reis.

Resumo

O presente estudo tem como pano de fundo o campo do patrimônio cultural brasileiro imaterial se encontra em expansão. Logo, o artigo tem por objetivo analisar os impactos da Lei Aldir Blanc na política cultural imaterial a partir de um caso: o fomento de um projeto de pesquisa genealógica e socioantropológica da Folia de Reis de Santa Helena de Minas. Para tanto foi mobilizada uma metodologia pautada na etnografia, em entrevistas, analises de documentos e de postagens em redes sociais. Com base numa perspectiva histórica e socioantropológica, destacou-se que os impactos foram muitos, alguns não esperados e/ou não planejados causados. Assim, houve uma descentralização das políticas e recursos. Conclui-se, a partir do caso analisado, que os efeitos não esperados do impacto da Lei dessa política cultural poderiam futuramente ajudar a promover, salvaguardar e inventariar a Folia como um patrimônio cultural regional (e/ou nacional) brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACHTSCHIN, Márcio. A formação econômica, política, social e cultural do Vale do Mucuri. Teófilo Otoni, 2018.

ACHSTCHIN, Márcio. O poder e suas representações no interior das comunidades agregas do Vale do Mucuri, Minas Gerais (1850-1950). In: Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 21, n. 34, 2020. p. 191-215.

BARRETO, Luisa. Lei Aldir Blanc de emergência e o fim do Plano Nacional de Cultura (2010-2020). In: Boletim de Políticas Públicas/OIPP, n. 7, novembro de 2020. Disponível em: <https://www.academia.edu/46654060/Lei_Aldir_Blanc_de_Emerg%C3%AAncia_e_o_Fim_do_Plano_Nacional_de_Cultura_2010_2020_ >

BARTHES, Roland & MARTY, Eric. “Oral/Escrito”. In: Enciclopédia Einaudi, v. 11. Lisboa: Imprensa Nacional, 1987. p.32-57.

BORTOLOTTO, Chiara. A salvaguarda do patrimônio cultural imaterial na implementação da Convenção da UNESCO de 2003. In: Revista Memória em Rede, Pelotas, RGS, v. 2, n. 4, p. 6-17, 2011. Disponível em: .

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. Ed: Brasilense S. A. São Paulo, 1984.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: .

BRASIL. Lei Aldir Blanc, n. 14.017, 2020. Disponível em: < https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.017-de-29-de-junho-de-2020-264166628 >

BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7ª. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 197-221.

CANCLINI, Nestor. Culturas híbridas. São Paulo: Edusp, 2008.

CHAVES, Wagner Diniz. Canto, voz e presença: uma análise do poder da palavra cantada nas folias norte-mineiras. Mana v. 20 n.2, p. 249-280, 2014.

CORÁ, M. A. Jundurian. Do Material ao Imaterial: Patrimônios Culturais do Brasil. Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais. Tese: PUC-SP, São Paulo, 2011, p. 334. Disponível em: <https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/3333/1/Maria%20Amelia%20Jundurian%20Cora.pdf>

CORÁ, M. A. Jundurian. Políticas públicas culturais no Brasil: dos patrimônios materiais aos imateriais. In. Rev. Adm. Pública — Rio de Janeiro, v. 48 n. 5, p. 1093-1112, set./out, 2014.

CUNHA, Manuela C. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify,

FOLEY, John Miles. The singer of tales in performance. Indianapolis: Indiana University Press, 1995. p. 1-28; 99-135.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.

GOODY, Jack. “Oral culture”. In: Bauman, Richard. (Ed.) Folklore, cultural performance, and popular entertainments. New York: Oxford University Press, 1992. p.12-20.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2004.

IPHAN. Celebrações e saberes da cultura popular: pesquisa, inventário, crítica, perspectiva. Rio de Janeiro: Iphan; CNFCP, 2006. (Série Encontros e Estudos, n. 5)

IPHAN. Patrimônio cultural imaterial para saber mais. Brasília: Iphan-MinC, 2007.

IPHAN. Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. 3. ed. Brasília: Iphan/MinC, 2008.

JELIN, Elizabeth. La lucha por el pasado. Cómo construimos la memoria social. Buenos Aires: Siglo XXI Editores Argentina, 2017.

LE GOFF, Jacques. “Memória”. In: Enciclopédia Einaudi, v. 1. Lisboa: Imprensa nacional,1984, p. 11-50.

LARAIA, Roque de Barros, 1932. Cultura: um conceito antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Jorge "Zahar" Editora, 2001.

LEAL, Alessandra Fonseca. & LEAL, Erika Adriana. Políticas públicas, culturas populares e patrimônio cultural imaterial: meios e alternativas. RAEGA (Espaço Geográfico em análise ISSN: 2177-2738), n. 26, p.247-269, 2012.

MBEMBE, Achille; ROITMAN, Janet. “Figures of the Subject in Times of Crisis.” Public Culture 7, 1995, p. 323–352.

OUROFINO, João Venâncio M. De. A folia de reis em São Braz de Minas: A migração, as transformações locais, e o imaginário religioso. Universidade de Brasília – UNB Instituto De Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em História Área De Concentração: História Cultural, 2009.

PELEGRINI, Sandra. A gestão do patrimônio imaterial brasileiro na contemporaneidade. In: Ver. HISTÓRIA, São Paulo, v. 27 n. 2, p. 145-173, 2008.

PRADAL, Fernanda. “Lutas de memórias e projetos na disputa pelo antigo departamento de ordem política e social (DOPS) do Rio de Janeiro”. Conserveries mémorielles, #20, 2017.

POLLAK, Michel. “Memória, Esquecimento, Silêncio”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n.3, p. 3-15, 1989.

PORTELLI, Alessandro. História Oral como arte da escuta. São Paulo: Letra e Voz, 2016.

RIBEIRO, Gustavo Lins. “Descotidianizar” el mundo. La pandemia como evento crítico, sus revelaciones y (re)interpretaciones. Desacatos 65, enero-abril, p. 106-123, 2021.

RIBEIRO, Eduardo Magalhães. Lembranças da terra – histórias do mucuri e jequitinhonha. Ed: SEGRAC, 1995.

RODRIGUES, Cláudio Eduardo & CORDEIRO, Cristina Xavier. O sentido mítico das folias de reis do vale do mucuri, 1995.

SAHLINS, Marshall. Metáforas históricas e realidades míticas: estrutura nos primórdios do reino das ilhas Sandwich, trad. e apres. Fraya Frehse, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2008.

TURNER, Victor W. O processo Ritual: estrutura e anti-estrutura. In. Victor Tuner. Coleção Antropologia. Petrópolis: Vozes, 1974, p. 13-60.

TURNER, Victor.The anthropology of performance. In: The Anthropology of performance. Nova York: PAJ Publications, p. 72-98, 1987.

VISACOVSKY, Sergio E. (org.). Estados críticos. La experiencia social de la calamidad. La Plata: Ediciones Al Margen, 2011.

VICTORASSO, Pedro Henrique. As Folias de Reis na historiografia brasileira. XVII Simpósio Nacional de História, Conhecimento histórico e diálogo social. NR Natal: ANPUH Brasil, 22 a 26 de julho, 2013.

Downloads

Publicado

2021-12-13

Como Citar

SOUZA, André Luis Santos de; ARAÚJO, André Luiz Ribeiro de. Lei Aldir Blanc, política cultural imaterial e folia de reis em Santa Helena de Minas (MG). Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 39, 2021. DOI: 10.26512/emtempos.v1i39.39557. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/39557. Acesso em: 20 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.