A sombra do liberalismo: Interpretações políticas da obra de Hannah Arendt no Brasil da “virada”.

Autores

  • Álvaro Ribeiro Regiani Mestrando em história ”“ Programa de pós Graduação em História ”“ UnB ”“Universidade de Brasília. Docente de História da América e da África da Universidade Estadual de Goiás ”“ UEG.
  • Kênia Érica Gusmão Medeiros Doutoranda em história ”“ Programa de pós graduação em História ”“ UFG ”“ Universidade Federal de Goiás. Docente de história do Instituto Federal Goiano ”“ IFGoiano.

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i29.14748

Palavras-chave:

Liberalismo. Hannah Arendt. Jornalismo.

Resumo

Este artigo visa compreender a recepção da filosofia da história de Hannah Arendt no meio jornalístico na década de 80 no Brasil. Sabe-se que o suplemento Cultura do jornal O Estado de São Paulo, difundia ideias e valores em um formato abrangente, bem como procurava conciliar, através de uma linguagem acessível, um conteúdo com aspirações acadêmicas. Por isso diversos colaboradores, nacionais e internacionais, escreveram artigos, resenhas e colunas destinadas sobre os mais variados temas sobre história, filosofia e, principalmente, política. A recepção e a resignificação desses temas inferiam um primado, o liberalismo, como estatuto lógico e coerente para o progresso brasileiro. É por meio desta ótica que as ideias e a vida de Hannah Arendt foram colocadas como legitimidade liberal nos “anos de chumbo .

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Publicado

2017-04-03

Como Citar

REGIANI, Álvaro Ribeiro; MEDEIROS, Kênia Érica Gusmão. A sombra do liberalismo: Interpretações políticas da obra de Hannah Arendt no Brasil da “virada”. Em Tempo de Histórias, [S. l.], n. 29, 2017. DOI: 10.26512/emtempos.v0i29.14748. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/14748. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos