O curso de odontologia do instituto profissional Domingos Freire em Ouro Preto: uma breve história (1908-1927)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v23i43.54095Palabras clave:
Escola de Odontologia, Ouro Preto, História das InstituiçõesResumen
O objetivo desta pesquisa é compreender as razões pelas quais o curso de Odontologia do Instituto Domingos Freire de Ouro Preto foi criado e investigar os motivos que levaram a sua extinção. O presente trabalho investigou possíveis fatores que levariam ao término das atividades dessa instituição, tais como a mudança da capital para Belo Horizonte; alterações na legislação educacional; escassez de alunos; dificuldades na legitimação dos diplomas etc. Para a realização deste estudo, foi necessário realizar uma pesquisa documental no acervo da Escola de Farmácia de Ouro Preto e lançar mão da perspectiva de Bourdieu para compreender a busca por distinção profissional e pelo capital simbólico em torno dos diplomas de cirurgiões-dentistas. Diante do exposto, corroborou-se que o contexto histórico-social e político da Primeira República foi determinante para que o curso de Odontologia de Ouro Preto sofresse com escassez de discentes diante do crescimento do ensino superior privado na época e tivesse dificuldades em conseguir equiparação com o curso congênere do Rio de Janeiro.
Descargas
Citas
AMERICANO, Fábio; DRUMMOND, Maria. Fragmentos de Histórias – Dionísio e sua gente V1 Tomo 1. História do Município Dionísio - MG. DR. JOSÉ PEDRO DRUMMOND - Edelberto Augusto Gomes Lima, 2022.
ANDRADA, Antônio Carlos Ribeiro de. Relatório de Presidente do Estado de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, 14 de julho de 1928.
ARQUIVO E.F.OP. Requerimentos e Correspondências referentes ao ano de 1940, pasta 180. Arquivo Histórico da Escola de Farmácia de Ouro Preto.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1974.
______, Pierre. Coisas ditas: Pierre Bourdieu, São Paulo, Brasiliense, 2004.
BRANDÃO, Julio Bueno. Relatório do Presidente Julio Bueno Brandão, 15 de junho de 1914.
BRASIL. Decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7247-19-abril-1879-547933-publicacaooriginal-62862-pe.html Acesso em: 28 agosto 2024.
BRATT, Carvalho. Arquivo da escola de Farmácia de Ouro Preto, número: 072, ano de 1908.
CARVALHO, Cristiana Leite. A transformação no mercado de serviços odontológicos as disputas pelo monopólio da prática odontológica no século XIX. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 13, n. 1, p. 55-76, jan.-mar 2006.
CORRÊA, Edison José; GUSMÃO, Sebastião Nataniel Silva. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – da criação à federalização. Rev Med Minas Gerais; 21(1): 105-111, 2011.
DIAS, J. R. Apontamentos históricos do Sesquicentenário da Escola de Farmácia de Ouro Preto. 3ed. rev. Ouro Preto: UFOP/Escola de Farmácia, 1989.
FERRARI, Mario André Maximilian Couto. História da Odontologia no Brasil – o currículo e a legislação entre 1856 e 1931 [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, 2011.
FREITAS, Sérgio Fernando Torres. História Social da cárie dentária. Bauru: Edusc, 2001.
GODOY, Victor Vieira de. A Escola de Farmácia de Ouro Preto: a memória sublimada. São Paulo: Metalivros, 2019.
GONDRA, José Gonçalves. Artes de civilizar: Medicina, Higiene e Educação Escolar na Corte Imperial. Rio de Janeiro: Eduerj, 2004.
GUILHERME, William Douglas. A Escola de Pharmacia e Odontologia de Uberaba: Francisco Mineiro de Lacerda e o Ensino Superior no Triângulo Mineiro - 1926 a 1936. Tese (Doutorado). Universidade Estadual Paulista. Marília-SP, 2016.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
LOWANDE, Walter Francisco Figueiredo. O curso de farmácia: a EFOA, o ensino farmacêutico e as transformações socioculturais no Brasil entre 1914 e 2014. In: EUGÊNIO, Alisson (Org.). Universidade Federal de Alfenas: História de uma
instituição centenária e de sua primeira década de transformação em universidade (2005-2015). 1ªed. Alfenas: UNIFAL-MG, 2015, p.40 73.
MARTINO, Luiz Vicente Souza.; BOTAZZO, Carlos; ZILBOVICIUS, Celso. Os caminhos públicos da odontologia paulista no início do século XX. Cadernos de História da Ciência, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 141–156, 2010.
MOURA, Raul Soares. Relatório de Raul Soares de Moura 14 de julho de 1924.
NEVES ABREU, Jean. Como “ciência e arte”: estratégias de legitimação da farmácia e conflitos entre os praticantes de cura em Minas Gerais (1890-1899). Revista Ágora, [S. l.], v. 32, n. 1, p. e-2021320109, 2021.
NOGUEIRA, Maria Alice. Bourdieu e a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Alfredo (Orgs). Pierre Bourdieu: Escritos de educação. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.
PAULA, Leandro Silva de; CARVALHO, Rosana Areal de. As reformas educacionais na Escola de Farmácia de Ouro Preto (1890-1911).
Acta Scientiarum. Education, 42(1), e45136, 2020.
PAULA, Leandro Silva de. O processo de federalização da Escola de Farmácia e a criação da Universidade Federal de Ouro Preto (Minas Gerais, Brasil). Cadernos de História da Educação, v. 21, 2022.
PEREIRA, Wander. Uma história da Odontologia no Brasil. Revista História & Perspectivas, [S. l.], v. 25, n. 47, 2013.
QUEIROZ, Maria Goretti. O ensino da odontologia no Brasil: concepções e agentes. 2006. 370 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2006.
REIS, A. P. Arquivo da Escola de Farmácia de Ouro Preto, pasta número 75, ano de 1908.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Em Tempo de Histórias
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).