Utopia e destruição, ruína e progresso

a condição de marginalidade social no filme A Margem (1967), de Ozualdo Candeias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i37.34202

Palavras-chave:

História e cinema. Marginalidade social. Modernização.

Resumo

O filme A Margem, de Ozualdo Candeias, relata o cotidiano de quatro indivíduos moradores de uma região periférica da cidade de São Paulo. A partir das considerações de Marc Ferro, Eduardo Morettin e Ismail Xavier, o artigo elege caminhos para a mobilização do cinema como fonte do conhecimento histórico. Na investigação, principal ênfase se dá para a construção da experiência dos marginalizados, a qual aparece tensionada entre a constituição de vínculos de solidariedade e a incapacidade de reagirem coletivamente às opressões. Além disso, o filme também é investigado como perspectiva crítica acerca do processo de modernização da cidade de São Paulo, intensificado a partir dos anos 50.

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Publicado

2020-12-03

Como Citar

BISTERÇO, Vinícius da Cunha. Utopia e destruição, ruína e progresso: a condição de marginalidade social no filme A Margem (1967), de Ozualdo Candeias. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 37, 2020. DOI: 10.26512/emtempos.v1i37.34202. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/34202. Acesso em: 20 abr. 2024.

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