O arquivo por Derrida
instituição da autoridade
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v17i1.51457Palavras-chave:
Derrida, Arquivo, Justiça, Ética, DesconstruçãoResumo
o presente trabalho se propõe a apresentar uma discussão, ainda que basilar, entre alguns conceitos que permeiam as obras Mal de arquivo (1994) e Força de lei (1990), do filósofo franco-argelino Jacques Derrida. Ambas foram resultado de comunicações orais feitas em inglês, no início dos anos 1990 e são consideradas (junto a Espectros de Marx, 1993) a consolidação de um trabalho filosófico da ética e da política na produção derridiana. Em Mal de arquivo, essa discussão se dá a partir do conceito da arché grega e sua relação com a instituição da figura da autoridade, o arconte, guardião do arquivo das leis e responsável pela hermenêutica dessas mesmas leis. Essa constituição da autoridade e da soberania remete às discussões sobre justiça e direito na obra Força de lei. Nessa obra, Derrida move seu pensamento da desconstrução para (a partir de um diálogo entre Pascal e Montaigne), questionar a legitimidade daqueles indivíduos ou instituições que buscam “fazer justiça”, o que na verdade, significaria a manutenção de sua autoridade.
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