Posicionalidade, Suplementos e Ditos
Uma análise com Heidegger, Derrida e Levinas
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v9i1.31910Palavras-chave:
Dito, Suplemento, Posicionalidade, Gestell, ontologiaResumo
Um dos conceitos mais importantes para a filosofia de Heidegger é Gestell, sendo uma de suas traduções possíveis: posicionalidade. Falar em Gestell, para Heidegger, convoca a questão da metafísica ocidental em seu percurso niilista em busca do des-velamento do ser. No entanto, o autor pontua que “a maestria de todas as distâncias não traz qualquer proximidade”, de modo que a busca pela verdade do ser, trabalho da ontologia, extraindo o inteligível, a serviço da técnica, não se aproxima, mas se afasta da verdade. O texto busca interpretar o conceito de posicionalidadede Heidegger enquanto presente no desenrolar da ontologia, que não só convoca o ente a apresentar-se, como ela mesma está sujeita a ordenabilidade da Gestell. Em seguida, o texto recorre à noção da “escrita”, que para Derrida, será pensada como suplemento, signo do que não está presente, remetendo sempre a outros signos ao buscar sua definição. Percebe-se novamente a essência como não presenciável enquanto signo. Por fim, convoca-se o conceito de Ditode Levinas, que sinaliza o ausente, a saber, o Dizer, anterior ao sistema linguístico e qualquer outro signo, e que é submetido ao Dito como consequência da necessidade humana por inteligibilidade. Assim, pretende-se relacionar a escrita enquanto suplemento de Derrida e o Dito para Levinas como manifestações da Gestell.
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Referências
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