A zona é um labirinto muito complexo de armadilhas
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v12i1.35387Palavras-chave:
Neoracionalismo, Inferencialismo, Complexidade, Filosofia da tecnologia, Cognição EcológicaResumo
Modelagem em um sentido amplo é um componente vital da nossa capacidade de agir. Se aceitarmos que a política trata de como podemos agir sobre relações de poder preexistentes, então a compreensão delas e do mundo em que existem é fundamental. Mas o poder vem em muitas formas, e a tarefa de compreender a cascata cada vez maior de compromissos que ele acarreta é altamente sintética, pois abrange linguagem, tecnologia, infraestrutura de energia, organizações políticas, sistemas econômicos e muito mais. É claro que estes nunca são encontrados isoladamente, portanto entendê-los não é apenas mapear esses campos específicos, mas também sua interação. A complexidade de cada um desses campos representa um problema no sentido de que, para lidar com qualquer questão que surja deles, é preciso sempre lidar com informações incompletas. Este texto parte da premissa de que uma postura filosófica que se preocupa com a relação entre economia, tecnologia e suas consequências, deve ter uma concepção adequada de tecnologia. Ele argumenta por que a concepção de aceleracionismo de tecnologia é incompatível com uma imagem totalmente naturalizada da razão, e em seguida, apresenta o que se acredita ser uma concepção de tecnologia que é coextensiva com o projeto de cognição naturalizada, e como a ciência da complexidade pode ser uma ferramenta útil para pensar sobre esses assuntos. Ele finalmente reintroduz esse substrato filosófico em uma discussão sobre sistemas técnicos, a fim de testar a validade dessas afirmações.
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