Teorias sem casa, textos sem pátria: reflexões sobre língua e tradução a partir de Homi Bhabha
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n4.2021.36264Palavras-chave:
Tradução. Língua. Nação. Pós-colonial. Globalização.Resumo
O presente artigo parte do pressuposto de que a tradução feita hoje precisa levar em conta aspectos culturais e históricos de maneira mais expressiva e tem como objetivo, a partir de um arcabouço teórico cindido entre os estudos pós-coloniais e os tradicionais estudos de tradução, propor uma discussão sobre a necessidade de uma presença mais clara do tradutor e os processos linguísticos envolvidos na publicação de uma obra teórica. Quais são as relações que se ocultam em uma atividade tão antiga quanto a suposta correspondência e a equivalência entre os idiomas e por que cabe à Literatura Comparada se ocupar de tais questões? De que maneira o vácuo gerado pelo confronto entre as questões prementes colocadas pelo mundo globalizado poderia afetar a natureza da recepção de textos e qual a necessidade de refletirmos sobre isso? Logo, pretende-se refletir sobre esses questionamentos a partir do texto de Homi K. Bhabha, em sua obra The Location of Culture (2008) e a versão publicada em português pela editora da UFMG, ao mesmo tempo em que se mantém no horizonte a discussão sobre a circulação da teoria pós-colonial no cenário brasileiro e as tensões inerentes à atividade da tradução.
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