QUANDO O NACIONAL É O MUNDO:
DISCUTINDO O LOCUS DE ENUNCIAÇÃO TRADUTÓRIO E AUTORAL NUM POLISSISTEMA MULTICULTURAL PÓS-INDEPENDENTE
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v3.n2.2014.11278Palavras-chave:
Tradução, Pós-independentismo, Entre-lugar, Multiculturalismo, PolissistemaResumo
Partindo dos conceitos de “local” e “cosmopolita”, de Antonio Candido, que opôs dialeticamente dois locais de fala, o presente artigo pretende discutir o local autoral e tradutório no polissistema multicultural, que tem local e cosmopolita no mesmo espaço e tempo. Sob essa perspectiva, em qual desses dois locais fala um autor pós-independentista? Silviano Santiago sugere um terceiro lugar, o “entre-lugar”, o qual representa um novo momento da crítica literária. Esse momento gera novas questões também na crítica tradutória, ora repensando antigos posicionamentos teóricos, ora sugerindo novos. Além disso, levanta a questão fundamental da construção do estereótipo, a exotização e o papel do tradutor como (des)continuador dessa prática, uma vez que o encontro do leitor com o texto se faz não mais no doméstico nem do estrangeiro, exclusivamente.
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