TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE: OBSTÁCULOS IMPOSTOS PELA REALIDADE BRASILEIRA

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Mots-clés :

Saúde, Transexual, Travesti, LGBT+, Política pública

Résumé

A saúde é um direito constitucionalmente assegurado a todos os cidadãos, mas o acesso a ela varia muito nas experiências de grupos sociais específicos. Ainda que o Sistema Único de Saúde tenha sido construído sob as premissas da universalidade, equidade e integralidade, travestis e transexuais ainda enfrentam obstáculos no acesso a direitos e serviços muito básicos. O objetivo do estudo é demonstrar que a transfobia e a travestifobia funcionam como barreiras insuperáveis, que impedem que essas pessoas usufruam até mesmo de direitos expressamente previstos nas normas existentes enquanto o Estado se omite em buscar a eficiência de suas políticas e o cumprimento dos direitos que assegura. A revisão bibliográfica recorreu à literatura sobre o tema, normativas do campo da saúde, documentos oficiais e dados produzidos por pesquisas da sociedade civil a fim de verificar se esses obstáculos decorrem da ausência de normas ou da discriminação que impede que essas normas sejam cumpridas. Este trabalho analisa o que se tem produzido acerca do histórico da relação entre travestis, transexuais e a saúde pública no Brasil. Em seguida, reúne e organiza dados produzidos por pesquisas já publicadas que investigaram as dificuldades que essas pessoas identificam no acesso a serviços públicos de saúde em regiões específicas do país. Por fim, o resultado percebido é que medidas viáveis e historicamente apontadas pelo movimento social como alternativas ao enfrentamento dessas exclusões já foram adotadas pelas normativas de saúde e não solucionaram os problemas que seguem atuais. 

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Maria Tereza Fonseca Dias, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora do Departamento de Direito Público da UFMG e dos programas de graduação e pós-graduação stricto sensu da Universidade Fumec. Universidade Federal de Minas Gerais.

Caio Benevides Pedra, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Diretor de Políticas para a População LGBT de Belo Horizonte, Presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da População LGBTQIA+ e do Observatório de Direitos Humanos de Belo Horizonte. Doutorando em Ciência Política (UFMG), Mestre em Direito (UFMG), Mestre em Administração Pública (FJP) e Bacharel em Direito (UFMG).

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Revista Direito.UnB | Maio – Agosto, 2024, V. 08, N.2 | ISSN 2357-8009 |

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Publié-e

2024-08-31

Comment citer

FONSECA DIAS, Maria Tereza; BENEVIDES PEDRA, Caio. TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE: OBSTÁCULOS IMPOSTOS PELA REALIDADE BRASILEIRA . Direito.UnB - Revue de Droit de l’Université de Brasília, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 91–128, 2024. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistadedireitounb/article/view/91-128. Acesso em: 21 nov. 2024.

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