Patrimônio industrial e o reconhecimento cultural

A vila operária da Companhia Santista de Papel em Cubatão-SP

Autores

  • Celma do Carmo de Souza Pinto FAU/UnB
  • Luciana Saboia FAU/UnB

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n25.2020.04

Palavras-chave:

vilas operárias, arquitetura industrial, patrimônio industrial, políticas de preservação

Resumo

A construção de vilas operárias ou núcleos residenciais de empresas tornaram-se comuns nos empreendimentos fabris brasileiros desde o século XIX. Além da necessidade de oferecer moradia e comodidade com vistas a atração e retenção de mão de obra foram construídas como uma forma de controle dos empregados. Com o processo de desmonte desses núcleos empresariais, em especial a partir da segunda metade do século XX, muitos se tornaram objeto de interesse no campo do patrimônio cultural. Nesse sentido, o presente artigo analisa aspectos do processo da implantação ao abandono da vila operária da Companhia Santista de Papel em Cubatão, tendo em vista o pioneirismo desse tipo de estabelecimento na Baixada Santista. A partir dessas informações se conclui que sua importância atualmente se dá no campo da história da arquitetura e da preservação, ao mesmo tempo em que verifica a fragilidade das políticas públicas de reconhecimento cultural do patrimônio industrial no Brasil.

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Publicado

14-03-2020

Como Citar

do Carmo de Souza Pinto, C. ., & Cruz, L. S. F. . (2020). Patrimônio industrial e o reconhecimento cultural : A vila operária da Companhia Santista de Papel em Cubatão-SP. Paranoá, 13(25), 56–70. https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n25.2020.04

Edição

Seção

Dossiê de Teoria, História e Crítica

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