Arquitetura, vazio moderno e o espaço social

Autores

  • Luciana Saboia Fonseca Cruz Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04

Palavras-chave:

Arquitetura moderna, Vazio, Reconhecimento social, Hermenêutica, Projeto

Resumo

A vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes, áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitekture caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção.

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Biografia do Autor

Luciana Saboia Fonseca Cruz, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília

Arquiteta e Urbanista pela Universidade de Brasília (1997) com doutorado em Théorie et Histoire de lArchiteture et laVille na Université Catholique de Louvain, UCL - Bélgica (2009). Coordena o Laboratório Estudos da Urbe - LABEURBE (PPG-FAU/UnB), participa como pesquisadora associada ao Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica (NEHS/CNPQ) e também de redes internacionais de pesquisa. Desde 2015, é vice-diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

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Publicado

23-08-2016

Como Citar

Cruz, L. S. F. (2016). Arquitetura, vazio moderno e o espaço social. Paranoá, 9(16). https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.04

Edição

Seção

Teoria, História e Crítica

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