O masculino e a masculinidade na arquitetura
DOI:
https://doi.org/10.18830/1679-09442025v18e54505Palavras-chave:
Arquitetura, Corpo (artes), Historiografia, Masculinidade, Arte contemporâneaResumo
Da Antiguidade à Modernidade, os tratados da disciplina que versam sobre os preceitos da boa arquitetura ocidental, elegeram o corpo do homem como o parâmetro de proporcionalidade adequada para a ideação dos edifícios. Estes escritos também comumente associam o masculino como referência de austeridade, rigor, racionalidade e objetividade. Todavia, o corpo e o masculino tomados como canônico pela disciplina se referem apenas à determinadas estruturas, medidas, proporções e atributos. Excluem, portanto, as demais expressões de corporeidade e de masculinidade. Neste sentido, o artigo discute o papel da arquitetura na construção cultural e social do ideal de corpo masculino e de masculinidade por meio da retomada dos principais manuais da arquitetura que estabelecem relações construtivas e simbólicas entre corpo e arquitetura. Sem almejar propor um novo paradigma de corpo, observa-se como algumas experiências na arte contemporânea denunciam a repetição dos símbolos de virilidade e tensionam as estruturas canônicas das masculinidades reforçadas pela história da arquitetura.
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