Sergio Rodrigues e o Sistema SR2: a pré-fabricação a partir do cotidiano

Wanderson Leão Afonso Ogawa; Eline Maria Mora Pereira Caixeta

doi:10.18830/1679-09442024v17e44802

Autores

Wanderson Ogawa Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Artes Visuais; Curso de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade https://orcid.org/0000-0002-5425-9566
Eline Caixeta Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Artes Visuais; Curso de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade https://orcid.org/0000-0001-9147-3927

DOI:

https://doi.org/10.18830/1679-09442024v17e44802

Palavras-chave:

Cultura Arquitetônica, Habitação Moderna, Arquitetura Brasileira, Pré-fabricação, Projeto, Sergio Rodrigues

Resumo

O Sistema de Pré-fabricação SR2, desenvolvido no fim da década de 1950 pelo arquiteto Sergio Rodrigues, foi apresentado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) em 1960, na exposição Casa Individual Pré-Fabricada. Concebido para resolver um problema pessoal, teve um novo direcionamento quando o arquiteto percebeu que essa poderia ser uma solução para atender uma questão cotidiana: a da unidade habitacional individualizada. No limite teórico-metodológico, o artigo apoia-se em Michel de Certeau, a fim de evidenciar as questões prosaicas respondidas por Rodrigues com o SR2. O texto reflete sobre a unidade habitacional executada no MAM Rio através de análises que envolvem sua origem e o projeto. Em seguida, para investigar alguns dos usos que o sistema possibilitou, três casos são estudados: o edifício OCA II, no campus da Universidade de Brasília; a segunda sede social do Iate Clube de Brasília; e a primeira sede do Country Clube de Goiás. Além de revisão de literatura, foram realizadas visitas de campo ao Instituto Sergio Rodrigues e aos três casos mencionados para coleta de material. A produção de Rodrigues com o SR2 provocou algumas discussões, as quais podemos sintetizar na relação entre o cotidiano, o planejado e o inusitado.

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Biografia do Autor

Wanderson Ogawa, Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Artes Visuais; Curso de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade

Ogawa é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Goiás (2011), tem especialização em Docência Universitária (2015) e é mestre pelo Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (2023). Foi diretor da Leão Arrais Arquitetura por nove anos e diretor da Casa Ogawa por um ano. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo com ênfase no desenvolvimento de projetos de Arquitetura, execução de projetos e acompanhamento de obra. Suas pesquisas estão focadas em Teoria, História e Crítica da Arquitetura e do Urbanismo, na intersecção da arquitetura com o design em busca do projeto como agente de significância. Aprofunda-se nos seguintes temas: arquitetura brasileira; história da arquitetura, da cidade e do design modernos; cultura arquitetônica e suas relações com o projeto; a construção e a apropriação do espaço moderno edificado.

Eline Caixeta, Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Artes Visuais; Curso de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás (1986), especialização em Arte e Cultura Barroca pelo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (1991) e doutorado em História da Arquitetura e da Cidade pela Universitat Politècnica de Catalunya (ETSAB, UPC, 2000). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Artes Visuais, onde atua no curso de Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria, História e Crítica da Arquitetura e do Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: história da arquitetura e do urbanismo moderno, cultura arquitetônica e suas relações com o projeto, a construção e a apropriação do espaço edificado e urbano (séculos XIX, XX e XXI), arquitetura brasileira, patrimônio histórico e cultural, paisagem e morfologia urbana.

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