Uma capital surge do chão

Brasília

Autores

  • Françoise Choay Ex-professora do Centre Experimental de Vincennes; Departamento de Urbanismo; Ex-professora na Université de Leuven.
  • Claudio Roberto Comas Brandão Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura. https://orcid.org/0000-0001-8306-0057

DOI:

https://doi.org/10.18830/1679-09442023v16e47973

Palavras-chave:

Arquitetura moderna, Brasília

Resumo

Une capitale sort de terre” é um dos dois artigos sobre Brasília que a historiadora Françoise Choay escreveu após a sua visita ao Brasil em 1959, quando foi convidada para participar do Congresso Internacional Extraordinário de Críticos de Arte, idealizado por Mario Pedrosa. O texto foi publicado poucos dias depois do seu retorno à França no semanário France Observateur, fundado por ex-combatentes da resistência francesa em 1950, originalmente L'Observateur politique, économique et littéraire. A maioria dos temas tratados nesta reportagem reapareceriam no artigo publicado na revista mensal de arte L’Oeil no mês seguinte, “Une capitale préfabriquée”. Este último foi publicado no Brasil em duas ocasiões: na Tribuna da Imprensa, em 1960, com tradução de Hildebrando Giudice e na antologia sobre Brasília organizada por Alberto Xavier e Julio Katinsky, publicada em 2012, com tradução de Dorothée de Bruchard. Em “Une capitale sort de terre” é perceptível a diferença de tom em relação ao outro. O gênero da escrita é a reportagem jornalística e não a resenha crítica, mas Choay articula com destreza o relato de suas experiências na cidade às questões teóricas que desenvolve melhor em outras publicações.

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Biografia do Autor

Françoise Choay, Ex-professora do Centre Experimental de Vincennes; Departamento de Urbanismo; Ex-professora na Université de Leuven.

Filósofa, historiadora das ideias, crítica de arte e arquitetura. Escreve sobre arquitetura e urbanismo desde 1956, sendo autora de livros que se tornram referências  para os profissionais da área. Entre suas publicações mais conhecidas encontram-se "O urbanismo: utopia e realidades, uma antologia" (1965); "A regra e o modelo" (1980) e "A alegoria do patrimônio" (1992). Dirigiu a coleção Espacements de 1976-1985 da editora Seuil, promovendo a tradução de autores estrangeiros para o francês. Foi professora do Département d' urbanisme do Centre Expérimental de Vincennes (1971) e da Universidade de Leuven.  Seu livros e artigos são traduzidos em diversos idiomas. Como tradutora realizou uma parceria com Pierre Merlin para  traduzir do latim para o francês do "De re aedificatoria" de Leon Batista Alberti. Colaborou para a criação da Rivista Albertiana (1998) vinculada ao l’Istituto Italiano per gli Studi Filosofici. É autora de vários artigos.

Claudio Roberto Comas Brandão, Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura.

Arquiteto e Urbanista, graduado na FAU-UnB (1997). Tem especialização em Industrial Design pela Scuola Politecnica di Design de Milão (1999), mestrado (2019) e doutorado (2023) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, na linha de pesquisa Teoria e Ensino de Arquitetura. Integra o Grupo de Pesquisa LabLugares. Sua pesquisa destaca a importância das redes sociotécnicas na produção da arquitetura, com ênfase na Arquitetura Moderna brasileira.

Referências

CHOAY, Françoise. Une capitale sort de terre: Brasilia. France Observateur, Paris, n. 492, p. 15-16, 7 out. 1959.

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Publicado

09-04-2024

Como Citar

Choay, F., & Brandão, C. R. C. (2024). Uma capital surge do chão: Brasília. Paranoá, 16(35), e47973. https://doi.org/10.18830/1679-09442023v16e47973

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