Afeto e subversão: Práticas infantis nos percursos cotidianos entre casa e escola em Rio das Pedras/RJ
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n33.2022.03%20%20Palavras-chave:
cartografia, territorio, narrativa, infanciaResumo
Tendo como perspectiva a invisibilidade das infâncias na participação e decisões sobre os lugares que utilizam na cidade, o artigo propõe um exercício de reflexão sobre como as crianças experienciam e, com isso, subvertem seus espaços livres cotidianos, ativando, reformulando e transformando a paisagem. Tendo como área de estudo o bairro de Rio das Pedras, o percurso metodológico foi estruturado na relevância do pesquisar-COM, por meio de uma abordagem qualitativa, que utiliza como base o acervo de narrativas de estudantes matriculados no Ensino fundamental de escolas públicas do Rio de Janeiro, apreendidas na atividade “Mapeamento Afetivo dos Territórios Educativos da Cidade do Rio de Janeiro” (GAE;SEL, 2020, onde procurava-se identificar as percepções e desejos das crianças, sobre seus percursos cotidianos de casa à escola. Os resultados obtidos nesta leitura sensível do território colaboram com uma visão real sobre a qualidade espacial urbana e o direito à cidade, por um olhar atento às micropolíticas do cotidiano e a construção da cidadania das infâncias que habitam este território.
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