Reflexões sobre arte e indústria cultural
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v14i27.3491Keywords:
Arte;, Indústria cultural;, História da produção estética;, FormaçãoAbstract
No presente texto discute-se a relação entre arte ”“ particularmente a música ”“ e Indústria Cultural, considerando-se as contradições inerentes a essa idéia formulada pelos autores frankfurtianos. Entendendo-se o campo cultural em que se situam os objetos musicais como um espaço de relações e de disputas pelo poder simbólico, discutem-se os gêneros erudito, popular e massivo, apontando-se para o hibridismo desses conceitos, tendo em vista os imperativos da sociedade capitalista de consumo. Também se historiciza, no texto, a produção, circulação e consumo artístico, enfocando-se novas possibilidades de fruição pela reprodutibilidade técnica dos objetos estéticos. Por fim, apresenta-se uma reflexão sobre a necessária relação entre fruição, consumo e formação a partir do ponto de vista adorniano, que considera a substituição da dimensão instrumental da razão pela dimensão emancipatória como condição para a desalienação.
Downloads
References
ADORNO, W. T. Sobre música popular. In: COHN, G. (Org.). Theodor Adorno ”“ Sociologia. SãoPaulo: Ática, 1986. p. 115-146. (Coleção Grandes Cientistas Sociais).
______. Teoria estética. Lisboa: Martins Fontes, 1988.
______. O fetichismo na música e a regressão da audição. In: ADORNO, W. T. Textos Escolhidos.Tradução de Zeljko Loparié. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 76-105.
______. Educação e emancipação. Trad.: Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
BABIN, P.; KOULOUMDJIAN, M. F. Os novos modos de compreender”“ a geração do audiovisual e do computador. São Paulo: Edições Paulinas, 1982.
BELLONI, M. L. Escola versus televisão: uma questão de linguagem. Educação & Sociedade,Campinas: Cedes, n. 52, p. 571-583, dez. 1995.
______. O que é mídia-educação. Campinas: Editores Associados, 2001.
BENJAMIN, W. A obra de arte na época da sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, Luis Costa.Teoria da cultura de massa. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 206-244.
______ et al. Benjamin, Habermas, Horkheimer e Adorno”“ textos escolhidos. Trad.: JoséLino Grünnenwald. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores).
BOURDIEU, P. O poder simbólico. São Paulo: Edifel, 1989.
______.La distinción”“ criterios y bases sociales del gusto. Buenos Aires: Taurus, 1998.
______. A economia das trocas simbólicas. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.
______. Razões práticas ”“ Sobre a teoria da ação. 2. ed. Campinas: Papirus, 1997.
CANCLINI, N. G. A socialização da arte”“ teoria e prática na América Latina. 2. ed. São Paulo:Cultrix, 1984.
”“”“”“”“”“”“. Consumidores e cidadãos ”“conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro:EdUFRJ, 1996.
”“”“”“”“”“”“. Culturas híbridas. São Paulo: Edusp, 1997.
CHAUÃ, M. Conformismo e resistência ”“aspectos da cultura popular do Brasil. São Paulo:Brasiliense, 1985.
COELHO, T. O que é indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1980.
DUFRENNE, M.A estética e as ciências da arte. Lisboa: Livraria Bertrand, 1976, v. 1.
”“”“”“”“”“”“. A estética e as ciências da arte. Lisboa: Livraria Bertrand, 1976, v. 2.
ECO, H. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 1976.
FISHER, E. A necessidade da arte. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
FRIDMAN, R. El nascimiento de la inteligencia musical. Buenos Aires: Editorial Guadalupe, 1988.
HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. W. A indústria cultural ”“ o iluminismo como mistificaçãodas massas. In: LIMA, Luis Costa. Teoria da cultura de massa. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1982. p. 159-204.
JACKS, N. Querência. Cultura regional como mediação simbólica ”“ um estudo de recepção. PortoAlegre: EdUFRGS, 1999.
KERCKHOVE, D. de. A pele da cultura”“ uma investigação sobre a nova realidade eletrônica.Santa Maria da Feira: Relógio D’Água Editores, 1997.
MARTIN-BARBERO, J. Dos meios à s mediações ”“comunicação, cultura e hegemonia. 2. ed. Riode Janeiro: EdUFRJ, 2001.
MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. 5. ed. São Paulo: Cultrix,1989.
MICELLI, S. A noite da madrinha. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1982.
______. A força do sentido (introdução). In: BOURDIEU, Pierre. Economia das trocas simbólicas.3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. I-XXV.
MIRANDA, V. S de. Estética e indústria cultural em Adorno. Educação em Debate, Fortaleza, v.20, n. 35, p. 23-28, 1998.
NUNES, B. Introdução à filosofia da arte. São Paulo: São Paulo Editora, 1966.
OLIVEIRA, J. R. de. Indústria cultural e mídia: Limites e perspectivas para a educação no debateentre Benjamim e a Escola de Frankfurt. Trabalho apresentado na 21ª Reunião Anual da Anped,1998.
SANTAELLA, L. (Arte & Cultura) equívocos do elitismo. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1990.
SILVA, R. C. A atualidade da crítica de Adorno à indústria cultural. Educação e Filosofia,Uberlândia, v. 13, n. 25, p. 27-42, jan./jun. 1999.
SUBTIL, M. J. D.A apropriação e fruição da música midiática por crianças de quarta série do ensino fundamental. Florianópolis, 2003. 227 f. Tese. (Doutorado em Engenharia de Produção) ”“Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.
______. Música midiática e o gosto musical das crianças. Ponta Grossa: EdUEPG, 2006.
VÁZQUEZ, A. S. As idéias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
WISNIK, J. M. O som e o sentido”“ uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia dasLetras, 1989.
ZUIN, A. A. S. Indústria cultural e educação”“ o novo canto da sereia. Campinas: AutoresAssociados, 1999.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2009 Linhas Críticas
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
-Authors maintains the copyright and grants the journal the right of first publication, the work being simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to enter into additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
-Authorers are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and the citation of published work (See The Effect of Free Access).