"O professor achava que eu não deveria estar ali"
o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
DOI:
https://doi.org/10.26512/insurgncia.v3i1.19416Palabras clave:
Corpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.Resumen
Durante séculos discursos médicos, religiosos e legais confinaram a mulher a uma vida privada, elas foram projetadas discursivamente para obedecer um tutor em defesa da moral e dos bons costumes. Os anos avançaram e consequentemente a luta feminina por direitos e espaço, de modo que elas conquistaram o voto, o espaço público e aparentemente a liberdade. Sabemos que mudar certos discursos envolve modificar culturalmente uma sociedade, tal fator é um exercício difícil e é por esta causa que na atualidade as mulheres que enveredam profissionalmente na Ciência e Tecnologia corresponde a um número limitado em comparação aos homens, bem como, nesta área elas costumam enfrentar olhares atípicos, preconceito e desafios fundamentados na diferença de gênero. As mulheres engenheiras - seja civil, elétrica ou mecânica -, cientistas e programadoras são encaras como um corpo transgressor, elas quebram uma regra comum de maneira tão contundente que imaginá-las em tais ofícios parece difícil ao senso comum, uma vez que deixaram o corpo disciplinado. Como o corpo feminino passou de disciplinado a transgressor? Como a mulher da Ciência e Tecnologia adaptou suas práticas para se inserir nesse meio atípico?
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