Lutas da fênix e da murta: estratégias e desafios na preservação das línguas cherokee e guarani
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v22i2.46989Palabras clave:
Cherokee, Guarani, Vitalidade, Substituição linguística, DiversidadeResumen
Este artigo explora o papel da escrita para a preservação de línguas orais a partir da história da criação do silabário cherokee por Sequoyah. Baseado no relato sobre a recepção do silabário pelos membros da Nação Cherokee, trabalha o conceito de blasfêmia proposto por Bhabha (1998), a fim de investigar a ambiguidade da aplicação da tecnologia da escrita para o povo cherokee. No segundo momento, três artigos são apresentados e colocados em diálogo. O artigo de Guyette (1981) analisa a vitalidade da língua cherokee por meio da análise dos locais e situações em que a língua é utilizada por três comunidades cherokee; Velasquez (2021) escreve acerca da educação bilíngue dos Guarani do Paraná; e Peter (2007) analisa a experiência de uma escola de imersão em cherokee para crianças como uma das iniciativas de reversão da substituição linguística. Conclui-se, em diálogo com Bastardas-Bodas (2012), que a diversidade linguística deve ser protegida e encorajada, principalmente frente aos riscos impostos por línguas do comércio internacional como o inglês. Compreende-se que a diversidade linguística forma uma robusta ecologia simbólica das formas de viver e pensar.
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