A colaboração entre pares em uma turma de adolescentes aprendendo inglês na escola pública
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v9i1.801Keywords:
Colaboração entre pares;, Alunos adolescentes;, Escola públicaAbstract
Neste artigo apresentamos alguns resultados alcançados por meio de uma pesquisa-ação realizada com alunos-adolescentes de escola pública. A análise dos dados foi norteada pela teoria sociocultural, quando, então, objetivamos entender o desenvolvimento daqueles alunos pela linguagem, focalizando as interações estabelecidas entre colegas e entre professor e alunos-adolescentes. Discutimos, especificamente, o construto teórico scaffolding, no viés da colaboração entre pares em atividades orais trabalhadas em sala de aula. Escolhemos como fonte primária para o presente estudo dados coletados por meio de gravações/filmagens de aulas, selecionando e transcrevendo alguns excertos para ilustrar a análise feita. Utilizamos também o diário de campo do aluno-professor-pesquisador. Esses dados revelaram características peculiares e coerentes com a adolescência, fase pela qual os alunos passavam, tais como o desinteresse e apatia nas aulas, e apontaram também ocorrências de situações propícias à colaboração efetiva entre pares (colegas), que poderiam ter propiciado o desenvolvimento de ambos, mas que resultaram, na maioria delas, em aparente fracasso. Entretanto, ficou também evidenciado que, quando a atividade desperta a curiosidade, a motivação do aluno-adolescente, ele se sente recrutado a participar da tarefa. Encerramos o estudo, certos da necessidade de mais pesquisas e estudos na área da Línguística Aplicada que focalizem o aluno-adolescente e seu desenvolvimento pela aprendizagem de uma nova língua no contexto público.
Downloads
References
ALMEIDA FILHO, JoséCarlos. P. Linguística aplicada, ensino de línguas e comunicação. Campinas, SP: Pontes, 2005.
ARNETT, Jeffrey. J. Adolescent storm and stress, reconsidered. American Psychologist,v.54, p. 317-326, 1999.
BASSO, Edcleia. A. Eles não querem nada com nada: uma microetnografia com adolescentes aprendendo inglês. Plurais,FECILCAM, v. 2,p. 249-253, 1999.
______. AConstrução Social das Competências necessárias ao Professor de Língua Estrangeira: Entre o Real e o Ideal ”“Um Curso de Letras em Estudo. (Tese de Doutorado em Lingüística Aplicada), Unicamp: Campinas, 2001.
______. Adolescentes e a aprendizagem de uma língua estrangeira:características, percepções e estratégias. In: ROCHA Claudia. H.; BASSO, Edcleia. A. (Orgs.). Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e formadores.São Carlos, SP: Claraluz, 2008.
BASSO, Edcleia.A.; LIMA, Fernando.S. “They haven’t prepared me for that”: fatores subliminares interferentes na prática docente de LE. (no prelo).
BANDURA, Albert. Adolescent development from an agentic perspective. In PAJARES, Frank; URDAN, Tim(Eds.). Self-efficacy beliefs of adolescents, Greenwich, CT: Information Age Publishing,2006. p.1-43.
BEGLEY, Sharon. Getting inside a teen brain: hormones aren”Ÿt the only reason adolescents act crazy. Their gray matter differs from children”Ÿs and adults”Ÿ. Newsweek, February, 28th,, 2000.p.58-59.
BUCHANAN. Christy.M.; ECCLES, Jacquelynne.S.; FLANAGAN, Constance.;MIDGLEY, Carol.; FELDLAUFER, Harriet.; HAROLD, Rena .D. Parents”Ÿand teachers”Ÿbeliefs about adolescents: effects of sex and experience. Journal of Youth and Adolescence.,v.19, n.4, p.363-394, 1990.
BROWN, H.Douglas. Principles of language learning and teaching. 4th ed. White Plains: Longman, 2000.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez. 2003.
COLE, Michael; WERTSCH, James. V. Beyond the individual-social antimony in discussions of Piaget and Vygotsky. 2002.Disponível em: <http://www.massey.ac.nz/~alock/virtual/colevyg.htm>. Acesso em: 24 fev 2010.
DONATO, Richard. Collective scaffolding in second language learning. In: LANTOLF, James. P.; APPEL, Gabriela. Vygotskian approaches to second language research.Norwood, NJ: Ablex,1994.
ERICKSON, Frederick. What makes school ethnography ethnographic?Anthropology and Education Quarterly,v. 15, p. 51-66, 1984.
FERREIRA, Marília. M.A fala (não tão) privada em interações de alunos realizando atividades orais em LE (inglês).2000. Dissertação (Mestradoem Linguística Aplicada) ”“Instituto de Estudos da Linguagem,Unicamp, Campinas, 2000.
______. Constraints to peer scaffolding. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas, v. 47, p. 9-29, 2008.
GIL, Antonio. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
JOHN-STEINER, Vera.; MAHN, Holbrook. Sociocultural Approaches to Learning and Development: A Vygotskian Framework. Educational Psychologist,v. 31, p. 191-206, 1996.
LAKATOS, Eva. M. Fundamentos de metodologia cientifica. 6 ed. São Paulo: Atlas 2007.
LAMB, Martin. „It depends on students themselves”Ÿ: independent language learning at an Indonesian State School. Language, culture and curriculum, v.17, n.3, p.229-245, 2005.
LANTOLF, James. P; APPEL, Gabriela. (Orgs). Vygotskian approaches to second language research.Norwood, NJ: Ablex, 1994.
LANTOLF, James. P.; THORNE, Steven. L. Sociocultural theory and the genesis of second language development. Oxford: Oxford University Press, 2000.
LIMA, Fernando. S.; BASSO, Edcleia. A. Adolescentes aprendendo inglês com música: nos embalos da zona de desenvolvimento proximal. IV EPCT ”“Anais do IV Encontro de Produção Científica e Tecnológica. Campo Mourão: Editora da Fecilcam, 2009, p.1-13.
MACOWSKI, EdcleiaAparecida. B. A construção do ensino/aprendizagem de língua estrangeira com adolescentes. 1993. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) ”“Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas, 1993.
MARCHENKOVA, Ludmila. Language, culture and self: The Bakhtin-Vygotsky encounter. In: HALL, Joan. K.; VITANOVA, Gergana; MARCHENKOVA, Ludmila. (Eds.). Dialogue with Bakhtin on second and foreign language learning: new perspectives. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2005.
MINAYO, Maria Cecília.S(Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.17 ed. Petrópolis: Vozes. 2000.
RICHARDS, Jack. C.; PENNINGTON, Martha.C.The first year of teaching. In: RICHARDS, Jack. C. (Ed.).Beyond training. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.p.173-190.
RICHARDS, Jack. C.; SCHMIDT, Richard. Longman dictionary of language teaching and applied linguistics. 3rded. London: Longman, 2002.
SCHUNK, Dale.H.;MEECE, Judith.L. Self-efficacy development in adolescents. In PAJARES, Frank; URDAN. Tim. (Eds.)Self-efficacy beliefs of adolescents. Greenwich, CT: Information Age Publishing, 2006. p. 71-96.
SMAGORINSKI,Peter. Vygotsky and the social dynamics of classrooms. English Journal,v. 97, n. 2, 2007 p.61-66.
THIOLLENT, Michel. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.
VERENIKINA, Irina. Understanding scaffolding and the ZPD in Educational Research. Conference Papers of AARE/NZARE, Auckland, December,2003.
______. Scaffolding and learning: its role in nurturing new learners.2008. Disponível em: <http://ro.uow.edu.au/edupapers/43>. Acesso em: 24 fev 2010.
VYGOTSKY, Lev. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989a.
______. A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.
WOOD, David.;BRUNER, Jerome.;ROSS, Gail. The role of tutoring in problem solving. Journal of Child Psychology and Psychiatry,v.17, p-89-100, 1976.
ZARRET, Nicole.;ECCLES, Jacquelynne. The passage to adulthood: challenges of late adolescence. New Directions for Youth Development, n.111, p.13-28, 2006.
ZIMMERMAN, Barry .J.; CLEARY, Timothy .J. Adolescent”Ÿs development of personal agency: the role of self-efficacy beliefs and self-regulatory skills. In: PAJARES, Frank.; URDAN. Tim. (Eds.). Self-efficacy beliefs of adolescents, Greenwich, CT: Information Age Publishing, 2006, p.45-69.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Articles published by the Journal Horizontes de Linguística Aplicada are licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
By publishing in Horizontes de Linguística Aplicada, authors agree to the transfer of economic copyright to the journal. Authors retain their moral rights, including the right to be recognized as the creators of the work.
Authors and readers are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format
Under the following terms:
- Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
- NonCommercial — You may not use the material for commercial purposes .
- NoDerivatives — If you remix, transform, or build upon the material, you may not distribute the modified material.
- No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.
