A estetização política dos lugares de memória

Autores

  • Daniele Borges Bezerra Universidade Federal de Pelotas
  • Juliane Conceição Primon Serres Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.26512/hh.v3i6.10915

Palavras-chave:

Leprosários, Instituições Totais, Patrimônio, Narrativa, Acervos, Experiências Traumáticas

Resumo

Neste artigo discute-se a preservação da memória em antigos leprosários, instituições criadas, nas décadas de 1930 e 1940 para isolar pessoas acometidas pelo Mal de Hansen. Com a política de profilaxia da lepra, o exercício do poder disciplinar, perpassado pela perseguição e pelo isolamento social, gerou um tipo de experiência traumática compartilhada. O sofrimento humano, de pessoas que tiveram seus direitos violados por políticas de estado, tem sido foco de atenção no campo do Patrimônio Cultural, pois as memórias incômodas, de eventos que marcaram a humanidade, dos quais Auschwitz se tornou um emblema, não podem cair no esquecimento. Chama-se atenção, contudo, para a tendência à estetização dos usos políticos da memória. É necessário observar as formas narrativas pelas quais as memórias são contadas, em lugares que se configuram como lugares de memória.

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Biografia do Autor

Daniele Borges Bezerra, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Mestre em Memória Social e Patrimônio cultural (UFPEL). Atua na linha de pesquisa “Gestão de acervos e instituições de memória”. Possui Graduação em Artes Visuais e especialização em Saúde Pública e duas pesquisas realizadas em instituições de caráter asilar: Hospital Psiquiátrico São Pedro em Porto Alegre e Asylo de Mendigos de Pelotas. Atualmente desenvolve uma pesquisa sobre as narrativas memoriais referentes à memória da hanseníase em três hospitais-colônia no Brasil.

Juliane Conceição Primon Serres, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Federal de Santa Maria (2001), mestrado em Museologia - Universidad de Granada - Espanha (2010), mestrado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004) e doutorado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2009). É professora na Universidade Federal de Pelotas - Curso de Museologia e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural. Tem experiência na área de Museologia e História. Pesquisa principalmente no seguintes temas: história da saúde pública, museus e patrimônio.

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Publicado

2016-04-11

Como Citar

Bezerra, D. B., & Serres, J. C. P. (2016). A estetização política dos lugares de memória. História, histórias, 3(6), 173–188. https://doi.org/10.26512/hh.v3i6.10915

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