Literatura e política em Jacques Rancière

a partilha do sensível e o vislumbre da emancipação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v13i1.56057

Palavras-chave:

Jacques Rancière. Política. Literatura. Partilha do sensível. Regime estético das artes.

Resumo

Sob a perspectiva de Jacques Rancière, esse artigo tem como objetivo compreender a política da literatura a partir das discussões preexistentes do autor. A política, entendida como uma prática coletiva específica, e a literatura, como prática da arte de escrever, são apresentadas por Rancière como construções de “ficções” que reconfiguram as hierarquias e os domínios da verdade no regime partilhado do sensível. Veremos que a partir do regime estético da arte, especialmente por meio das formas de autonomia da arte, ocorre uma dissolução das hierarquias, sinalizando um movimento em direção a uma ordem igualitária. Nesse contexto, tanto o escritor quanto o leitor compartilham a mesma condição de igualdade, vislumbrando um processo de emancipação. O artigo busca, assim, demonstrar que o exclusivismo cultural, limitado a um regime representativo das artes, é superado pela abertura de espaços para a percepção de um novo regime das artes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Michelly Alves Teixeira, Universidade de Brasília

Doutoranda em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília com estágio doutoral na ENS-PSL (Paris). Mestra no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, na linha Epistemologia, Lógica e Metafísica, pela Universidade de Brasília. Graduada no curso de bacharelado e licenciatura em Filosofia pela Universidade de Brasília (2014/2018). Desde os primeiros meses acompanhou atividades extra-curriculares e Grupos de Estudo com especialistas em diferentes linhas de pensamento nas áreas de História da Filosofia contemporânea, Filosofia Política e Estética.

Referências

LONGMAN, Gabriela; VIANA, Diego. A política tem sempre uma dimensão estética: entrevista com Jacques Rancière. Revista Cult, São Paulo, 30 mar. 2010b. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/entrevista-jacques-ranciere/. Acesso em: 6 mar. 2025.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2009.

RANCIÈRE, Jacques. A estética como política. Devires, Belo Horizonte, v. 7, n. 2, p. 14-36, jul./dez. 2010.

RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

RANCIÈRE, Jacques. Política da literatura. Tradução de Renato Pardal Capristano. Revista A!, n. 5, 2016.

RANCIÈRE, Jacques. O fio perdido: ensaios sobre a ficção moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2018.

RANCIÈRE, Jacques. Aisthesis: cenas do regime estético da arte. São Paulo: Editora 34, 2021a.

RANCIÈRE, Jacques. As margens da ficção. São Paulo: Editora 34, 2021b.

RANCIÈRE, Jacques. La fabrique du sensible: le partage du sensible. Multitudes: revue politique artistique philosophique, 1999. Disponível em: https://www.multitudes.net/le-partage-du-sensible/. Acesso em: 14 out. 2023.

Downloads

Publicado

26-09-2025

Como Citar

ALVES TEIXEIRA, Michelly. Literatura e política em Jacques Rancière: a partilha do sensível e o vislumbre da emancipação. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 131–154, 2025. DOI: 10.26512/rfmc.v13i1.56057. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/56057. Acesso em: 7 dez. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >> 

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.