Alexandre Magno: Um conquistador de seu próprio tempo
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i32.14707Palabras clave:
Alexandre III. Reino da Macedônia. Império Aquemênida.Resumen
Tendo adotado uma relativa variedade de costumes persas, tais quais insígnias e trajes, e promovido ações como a integração de todo um contingente persa ao exército macedônico parte da literatura especializada - em função disso, o público em geral - criou uma imagem idealizada do rei Alexandre. Sob essa perspectiva, personificada em figuras como a de Droysen (1833) e, em seguida, de Tarn (1933), Alexandre teria a clara e nobre intenção mediante a sua expedição ao Oeste asiático de unir greco-macedônios e persas em uma mesma e original sociedade a partir de uma perspectiva conciliadora, quase aos moldes democráticos modernos. Ao contrário, pretende-se apresentar uma alternativa que vai de encontro com essa já antiga tese, isto é, de que a fundação por Alexandre de uma nova monarquia pessoal apenas foi possível graças a uma já antiga cultura política de criação de impérios universais oriunda desse mesmo Oeste asiático, fundada pelo grande Império neo assírio e perpetuado pelo império neo Babilônico e Aquemênida. Dessa maneira, coloca-se em perspectiva as conquistas macedônicas e o idealismo do rei macedônio, de modo a refutar uma inspiração individual de união dos povos oriunda da Grécia. Para abrir caminho para essa tese, se fará a análise de três momentos decisivos durante as expedição de Alexandre que foram comumente percebidos como tentativas de integrar os persas e os macedônios de forma igual, mas que, na realidade, apenas evidenciam que o novo modelo de dominação arquitetado pelo rei mantinha uma hierarquia rígida entre macedônios, dominadores, e persas, dominados.
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