A fantasia em Marcuse como abertura emancipatória

Autores

  • Maria Clara Togeiro Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Marcuse, Fantasia, emancipação, dominação

Resumo

A bidimensionalidade presente no modelo crítico de Marcuse foi um elemento destacado por seus comentadores, no entanto, existem diferentes formas de interpretar essa bidimensionalidade. Nossa perspectiva é que o enfoque no conceito de fantasia permite interpretar a bidimensionalidade como uma tensão entre duas tendências que, assim como as pulsões de vida e de morte, estão sempre amalgamadas. As duas tendências são as de libertação e dominação. O aspecto fundamental é que a oposição entre elas é mediada pelas fantasias que introduzem uma tensão permanente, impedindo que qualquer uma delas prevaleça absoluta sobre a outra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALLEN, A. Critique on the Couch: Why Critical Theory Needs Psychoanalysis. Columbia University Press, 2020.

FREUD, S. A Perda da Realidade na Neurose e Psicose (1924) Obras de Sigmund Freud – Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente (1911-1915). Trad. Luiz Alberto Hanns (Org.). Rio de Janeiro: Imago, 2004, v. 3

______ . Formulações sobre os dois princípios do acontecer psíquico (1911). Obras de Sigmund Freud – Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente (1911-1915). Trad. Luiz Alberto Hanns (Org.). Rio de Janeiro: Imago, 2004, v. 1, p. 63-77.

______ . O mal-estar na civilização (1930). Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2011.

FROSH, Stephen. The politics of psychoanalysis: An introduction to Freudian and post-Freudian theory. Yale University Press, 1999.

HABERMAS, J. Psychic thermidor and the rebirth of rebellious subjectivity. In: PIPPIN, R.; FEENBERG, A.; WEBEL, C. Marcuse: critical theory & the promise of utopia, 1988.

JAY, M. Irony and dialectics: one-dimensional man and 1968. Revista mexicana de ciencias políticas y sociales, v. 63, n. 234, p. 67-83, 2018.

KATZ, Barry; Herbert Marcuse and the art of liberation: An intellectual biography. New Left Books, 1982.

LEAR, J. A Case for Irony [with commentary by Cora Diamond, Christine M. Korsgaard, Richard Moran and Robert A. Paul]. Cambridge: Cambridge University Press, 2011.

MARCUSE, H. Eros e Civilização: Uma Interpretação Filosófica do Pensamento de Freud. LTC Editora, 1999.

______ . Progress and Freud’s Theory of Instincts, 1956. In: Five Lectures: Psychoanalysis, Politics, and Utopia, trans. Jeremy Shapiro and Shierry Weber (Boston: Beacon, 1970), 1970.

______ . O Homem Unidimensional, 1964. Tradução de Robespierre de Oliveira, Debora Christina Antunes e Rafael Cordeiro Silva, São Paulo: Edipro, 2015.

MENKE, C. Tragic Play: Irony and Theater from Sophocles to Beckett [trans. James Phillips]. New York: Columbia University Press, 2009.

RAULET, G. Marcuse’s negative dialectics of imagination. In: ABROMEIT, J. &. COBB, M. Herbert Marcuse. A Critical Reader. Routledge, New York and London, 2004.

ROBINSON, Paul A. A esquerda freudiana: Wilhelm Reich, Geza Roheim, Herbert Marcuse. Civilização brasileiro, 1969.

ROUANET, S. Paulo. Teoria Crítica e Psicanálise. Rio de Janeiro: ed. Tempo Brasileiro, 1983.

Downloads

Publicado

2022-02-26

Como Citar

TOGEIRO, Maria Clara. A fantasia em Marcuse como abertura emancipatória. Das Questões, [S. l.], v. 14, n. 1, 2022. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/article/view/40201. Acesso em: 18 abr. 2024.