A fantasia em Marcuse como abertura emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v14i1.40201Palavras-chave:
Marcuse, Fantasia, emancipação, dominaçãoResumo
A bidimensionalidade presente no modelo crítico de Marcuse foi um elemento destacado por seus comentadores, no entanto, existem diferentes formas de interpretar essa bidimensionalidade. Nossa perspectiva é que o enfoque no conceito de fantasia permite interpretar a bidimensionalidade como uma tensão entre duas tendências que, assim como as pulsões de vida e de morte, estão sempre amalgamadas. As duas tendências são as de libertação e dominação. O aspecto fundamental é que a oposição entre elas é mediada pelas fantasias que introduzem uma tensão permanente, impedindo que qualquer uma delas prevaleça absoluta sobre a outra.
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