Coletivo Sycorax: desdobramentos de práticas feministas de tradução
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v11.n2.2022.41253Palavras-chave:
Tradução feminista. Tradução coletiva. Tradução comunizante. Comuns. Militância.Resumo
O Coletivo Sycorax se formou em 2016 e tem a finalidade de promover a tradução coletiva de livros feministas e anticapitalistas, compartilhando as publicações por meio de licenças abertas e distribuição de exemplares físicos. Para o Coletivo, a tradução abarca tanto a ação de aproximar as obras do português, no sentido de “avizinhar” ou de “fazer parecer mais próximo” quanto a de realizar oficinas e outras atividades com os textos traduzidos. Este relato, dividido em quatro partes, apresenta alguns dos projetos do Coletivo, com ênfase nas parcerias e redes que configuram o exercício de tradução coletiva. Na primeira parte, apresentamos a tradução para o português brasileiro dos livros Caliban and the Witch (2004) e Revolution at Point Zero (2012), ambos de Silvia Federici. A segunda parte relata a tradução da obra Re-enchanting the World (2018), também de Silvia Federici, a qual ganhou corpo em 2020 por meio do trabalho de outras vinte tradutoras durante a pandemia de Covid-19. A tradução de Patriarchy and Accumulation on a World Scale (1986), de Maria Mies, em 2021, representou um passo à frente na negociação de direitos autorais para garantir o acesso aberto às obras, como expomos na terceira parte deste relato. Atualmente, o Coletivo se dedica à organização de uma antologia de contribuições de mulheres e feminismos latino-americanos, apresentada na quarta parte, em parceria com a Revista Amazonas e a Ema Livros. Constituímos assim, por meio da tradução, desdobramentos de práticas feministas: da proposta de tradução coletiva para a concepção de tradução comunizante.
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